Centro de Endoscopia de São Carlos – Manual de Rotinas e Procedimento
MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Fernandes, J L
RESPONSÁVEL TÉCNICO: JORGE LUIZ FERNANDES CRM 73693
Centro de Endoscopia de São Carlos – Manual de Rotinas e Procedimentos
O Manual de Rotinas e Procedimentos do Centro de Endoscopia de São Carlos S/S visa padronizar condutas no Serviço de Endoscopia e informar aos usuários sobre o funcionamento do Serviço e sobre os procedimentos realizados (preparos, medicamentos, procedimentos diagnósticos, procedimentos terapêuticos, riscos e recuperação após procedimentos). Baseado na RESOLUÇÃO-RDC Nº 6, DE 1º DE MARÇO DE 2013.
LOCALIZAÇÃO
O Centro de Endoscopia de São Carlos S/S é o Serviço de Endoscopia da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos. Está localizado à Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573, Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, no Pavilhão Conde do Pinhal, com entrada própria.
FUNCIONAMENTO
O Centro de Endoscopia funciona de 2ª a 6ª feira das 0700h às 1700h e aos sábados das 0800h às 1200h, para atendimento ao público, além do funcionamento em esquema de Plantões para atendimento aos pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos.
São realizados os seguintes procedimentos: broncoscopia, duodenoscopia com colangiografia transendoscópica retrógrada, colonoscopia, endoscopia digestiva alta, hidrogênio expirado, phmetria esofágica, manometria esofágica e manometria anorretal. Os agendamentos são realizados, a partir de solicitações médicas, no local ou por telefone. Se forem de convênios serão agendados os procedimentos previamente autorizados. O atendimento é feito aos pacientes usuários da UNIMED, dos convênios atendidos pela Santa Casa Clínicas, aos pacientes sem convênios (particulares) e aos pacientes SUS internados, sendo que atualmente a única referência para os pacientes atendidos pelo SUS é para a endoscopia digestiva alta. Na indicação do procedimento pelo médico o paciente recebe orientações, do mesmo, a respeito do procedimento a qual será submetido e dos seus riscos e complicações.
No agendamento, ou antes, da realização do procedimento, o paciente ou o responsável legal é orientado pelo médico que solicitou o procedimento e/ou pelo médico que realizará o procedimento sobre como o procedimento é realizado e dos riscos inerentes ao procedimento. Pode ser realizado sob sedação mais profunda e isso inabilita a pessoa a conduzir veículos e pode causar lapsos de memória e dificuldade de concentração nas horas seguintes. Por esses motivos, o acompanhante é responsável por conduzi-lo de volta para casa em segurança e, na eventualidade do médico endoscopista precisar de autorização para algum procedimento adicional ou dar orientações específicas após o mesmo, o acompanhante torna-se responsável pela autorização e por transmitir as orientações dadas. Na ausência de acompanhante, o procedimento não será realizado. Antes do procedimento o paciente ou o responsável legal deve assinar o Termo de Consentimento para o procedimento específico. Na saída, o acompanhante assina o Termo de Acompanhante e um livro de retirada do laudo e do material, se houver. O Termo de Consentimento é específico para cada procedimento e será exposto no tópico específico, assim como o Termo de Acompanhante.
Centro de Endoscopia de São Carlos – Manual de Rotinas e Procedimentos
BRONCOSCOPIA | DUODENOSCOPIA | COLONOSCOPIA | ENDOSCOPIA |
TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO | MANOMETRIA ANORRETAL | MANOMETRIA ESOFÁGICA | PHMETRIA ESOFÁGICA
A – BRONCOSCOPIA
É um procedimento indicado para diagnosticar e tratar doenças da traqueia e dos brônquios através de um aparelho chamado BRONCOSCÓPIO. Este é um aparelho flexível que permite a visualização de todo o trajeto percorrido durante o procedimento, desde o nariz até os brônquios.
Com esse procedimento é possível realizarmos:
1. Diagnóstico de câncer
2. Biópsias de lesões
3. Retirada de corpo estranho
4. Acompanhamento após cirurgia pulmonar
5. Passagem de cateter para BRAQUITERAPIA (Radioterapia)
6. Diagnóstico de causa de sangramento das vias aéreas e seu tratamento
7. Diagnóstico de infecções como: pneumonia, tuberculose pulmonar, etc.
DURAÇÃO DO PROCEDIMENTO
É variável, depende do paciente e principalmente do procedimento, mas em média tem duração de 30 MINUTOS.
PREPARO PARA O PROCEDIMENTO
O preparo é muito simples: JEJUM ABSOLUTO (não beber nem água), por 8 horas antes do procedimento. O paciente deverá estar acompanhado.
USO DE MEDICAÇÕES
Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS os medicamentos devem ser ingeridos com o mínimo de água pela manhã. Aproximadamente às 6 h, mesmo com o procedimento marcado no período da manhã.
Se você faz uso de Insulina procure orientação para ajuste de dose e horário com o médico que acompanha.
ANTICOAGULANTES e ANTIAGREGANTE PLAQUETÁROS são medicamentos que quando o paciente usa, se ocorre um eventual sangramento, mesmo numa simples biópsia, o mesmo pode não ser controlado. A medicação deve ser suspensa antes do procedimento de acordo com o RISCO DO PROCEDIMENTO e do RISCO DE EVENTO TROMBOEMBÓLICO (motivo pelo qual o paciente usa o medicamento). O momento em que o medicamento deve ser suspenso varia de acordo com o tipo (ver tabela) e deve ser orientada pelo médico que acompanha o paciente e, muitas vezes, em comum acordo com o médico endoscopista.
USO DE MARCAPASSO CARDÍACO
Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.
NO DIA – ANTES DO PROCEDIMENTO:
Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado, em jejum absoluto de 8 horas.
Trazer TODOS os EXAMES DE TÓRAX que você possui (MESMO OS ANTIGOS), incluindo tomografias e radiografias simples.
Apresentar o Cartão do Convênio, Cartão do Hospital (se tiver) e Cédula de Identidade (RG).
Preencher o Termo de Consentimento – BRONCOSCOPIA, com ciência dos riscos do procedimento.
NO VERSO DO TERMO:
Preencher:
1. Nome do paciente:
2. Idade:
3. Tem alergia a algum medicamento? Se sim, qual ou quais?
4. O que o paciente está sentindo? Qual é o motivo do exame?
5. Medicamentos em uso:
6. Apresentar resultados de exames anteriores!!!
DURANTE O PROCEDIMENTO:
Você será encaminhado à sala de procedimento. Fique à vontade. Tire as peças de roupa que o incomodam e no caso de acessórios (óculos, paletó ou prótese dentária – dentadura) você deverá retirá-los.
Você inicialmente ficará sentado na mesa de procedimento.
Em seguida, um spray anestésico será aplicado na garganta para facilitar a passagem do aparelho.
Após o spray, você deverá ficar deitado (a), em decúbito dorsal, na mesa de procedimento.
Serão administradas, a critério médico, medicações sedativas através da veia, com o objetivo de diminuir a ansiedade e desconforto, facilitando a realização do procedimento.
Será instalado em suas narinas, a critério médico, um pequeno cateter de oxigênio durante o procedimento.
Em seguida, o aparelho será introduzido cuidadosamente até a traqueia através do nariz ou boca. Você poderá se sentir ligeiramente incomodado (a) na passagem do aparelho pela garganta.
Não tente engolir, respire fundo, siga as instruções do médico e relaxe, pois, desta forma o procedimento poderá ser realizado em poucos minutos.
O procedimento não é dolorido, mas pode provocar um pouco de tosse.
IMPORTANTE: Na introdução do aparelho BRONCOSCOPIO, você pode achar que não conseguirá respirar ou que está sufocando. Procure relaxar e colaborar, que logo esses sintomas desaparecerão.
Em PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS o aparelho é introduzido através da TRAQUEOSTOMIA.
APÓS O PROCEDIMENTO:
O paciente permanecerá no setor de recuperação por cerca de 30 MINUTOS, para recuperação do efeito sedativo das medicações.
Só poderá ingerir alimentos líquidos ou sólidos após haver passado o efeito da anestesia na garganta, cerca de 30 MINUTOS após o término do procedimento.
Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário.
O que você poderá sentir após o PROCEDIMENTO?
FALTA DE AR (dispneia)
No início do procedimento, o paciente pode ter a sensação de que o “ar não entra” por causa da anestesia na orofaringe (garganta), mas de modo algum há prejuízo da respiração. O paciente é liberado em boas condições e sem falta de ar. Caso sinta falta de ar horas após o exame, procure o Serviço de Emergência do hospital e informe que foi submetido (a) ao procedimento de Broncoscopia.
TOSSE
A tosse é natural durante e após o procedimento. Durante o procedimento, a medicação anestésica, que é sedativa da tosse, é utilizada para diminuir ao máximo a mesma. Em decorrência do procedimento, o organismo produzirá pouca secreção traqueal (catarro) que será eliminada naturalmente após o efeito da anestesia.
CATARRO COM SANGUE (hemoptise)
Quando é necessária a biópsia, o sangramento pode ocorrer no momento e logo após o procedimento. É natural e não há motivo para alarme. Caso haja grande quantidade de sangue, procure o serviço de emergência do hospital.
DESCONFORTO NA GARGANTA
Sua garganta permanecerá anestesiada por cerca de até 30 minutos após o término do procedimento.
SONOLÊNCIA
Ocorrerá em função dos efeitos da medicação sedativa.
LIBERAÇÃO DO PACIENTE
O paciente é liberado quando se encontrar em condições de andar espontaneamente e se estiver respirando confortavelmente. Será liberado necessariamente com acompanhante, que deverá preencher um Termo de Acompanhante:
ENCAMINHAR-SE AO HOSPITAL EM CASO DE:
Falta de ar (dispneia)
Dor torácica que começou após o procedimento
Tosse com presença de sangue vivo ou coágulos em grande quantidade
IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada procedimento, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas.
B – DUODENOSCOPIA COM COLANGIOPANCREATOGRAFIAENDOSCÓPICA RETRÓGRADA (CPRE)
É um procedimento com finalidade terapêutica, que permite o estudo dos canais (vias de drenagem) da vesícula biliar, ducto biliar, pâncreas e fígado. Se a finalidade for apenas diagnóstica, uma colangiorressonância magnética deve ser escolhida. Um tubo fino e flexível, com visão lateral, é introduzido através de sua boca para examinar o seu duodeno. Será identificado o orifício de abertura desses canais (papila), sendo introduzido um cateter plástico possibilitando a injeção de contraste e permitindo a realização de uma radiografia que será analisada por seu médico. A partir disto será realizado o procedimento terapêutico. Caso ainda tenha dúvida sobre o exame, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade de endoscopia.
Com este procedimento é possível realizarmos:
1.Biópsias e/ou citologia
2.Colocação de prótese plástica ou metálica: um pequeno tubo que é empurrado através do endoscópio para dentro da área estreitada do dueto biliar. Isso alivia a obstrução (e qualquer icterícia), por permitir que a bile drene livremente para o intestino. Algumas vezes as próteses também são colocadas no dueto pancreático, quando este está bloqueado ou estreitado.
3.Papilotomia/Esfincterotomia: Aumentar o tamanho da abertura do dueto biliar da papila. É feita com um fio aquecido eletricamente, o qual o paciente não sentirá.
4.Dilatação da papila (papiloplastia): com insuflação de um balão.
5.Papilectomia: retirada total da papila com uma alça aquecida eletricamente.
6.Retirada de cálculos: removida com um basquete ou balão e passará através do intestino.
7.Drenagem biliar
PREPARO PARA O PROCEDIMENTO
Para permitir uma visão clara, você deverá ficar em jejum absoluto com início 8 horas antes do horário marcado para o procedimento. O procedimento é feito sob sedação ou anestesia com a presença de um anestesista. O paciente deverá passar por avaliação pré-anestésica previamente. Uma veia será puncionada e você receberá antibiótico, caso ainda não esteja recebendo. É importante informar sobre qualquer possibilidade de gravidez, uma vez que serão realizadas radiografias. A duração do procedimento é variável e depende do diagnóstico do paciente e de qual procedimento terapêutico deve ser realizado.
USO DE MEDICAÇÕES
Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS os medicamentos devem ser ingeridos com o mínimo de água pela manhã. Aproximadamente às 6 h, mesmo com o procedimento marcado no período da manhã.
Se você faz uso de Insulina procure orientação para ajuste de dose e horário com o médico que acompanha.
ANTICOAGULANTES e ANTIAGREGANTE PLAQUETÁROS são medicamentos que quando o paciente usa, se ocorre um eventual sangramento, mesmo numa simples biópsia, o mesmo pode não ser controlado. A medicação deve ser suspensa antes do procedimento de acordo com o RISCO DO PROCEDIMENTO e do RISCO DE EVENTO TROMBOEMBÓLICO (motivo pelo qual o paciente usa o medicamento). O momento em que o medicamento deve ser suspenso varia de acordo com o tipo (ver tabela) e deve ser orientada pelo médico que acompanha o paciente e, muitas vezes, em comum acordo com o médico endoscopista.
USO DE MARCAPASSO CARDÍACO
Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.
NO DIA – ANTES DO PROCEDIMENTO:
Preencher o Termo de Consentimento – DUODENOSCOPIA COM CPRE, com ciência dos riscos do procedimento.
NO VERSO DO TERMO:
Preencher:
1. Nome do paciente:
2. Idade:
3. Tem alergia a algum medicamento? Se sim, qual ou quais?
4. O que o paciente está sentindo? Qual é o motivo do exame?
5. Medicamentos em uso:
6. Apresentar resultados de exames anteriores!!!
Se o paciente não estiver internado deve comparecer no setor de internação, 2 horas antes do horário marcado.
Trazer TODOS os exames que você possui (MESMO OS ANTIGOS), que sejam relevantes para o caso, como CPRE, Ultrassonografia e colangiorressonância, e os exames preparatórios para uma possível anestesia.
Apresentar os DOCUMENTOS citados abaixo:
Cartão do Convênio
Cartão do Hospital (se tiver)
Cédula de Identidade (RG)
É OBRIGATÓRIO ESTAR COM ACOMPANHANTE.
DURANTE O PROCEDIMENTO
Você será encaminhado à sala de procedimento com a vestimenta própria. Os acessórios (óculos, paletó ou prótese dentária – dentadura) devem ser retirados. O paciente será sedado ou anestesiado pelo anestesista. Em seguida o paciente é posicionado, na mesa do procedimento, em decúbito ventral com o lado direito inclinado para cima. O procedimento é realizado com o médico introduzindo o aparelho pela boca até atingir a 2ª porção duodenal, onde está a papila maior, a saída das vias biliares O aparelho é retificado e posicionado para a realização da parte radiológica e, em seguida, do (s) procedimento (s) terapêutico (s).
APÓS O PROCEDIMENTO:
O paciente permanecerá na sala do procedimento ou na sala de recuperação até que esteja consciente, respirando bem e com sinais vitais estáveis. Pode sentir sua garganta adormecida e levemente irritada. Em razão da anestesia geral, não deve tomar nada por pelo menos uma hora. Se for realizado procedimento terapêutico, pode ser necessário manter dieta zero por 24h. O paciente pode sentir distensão abdominal, pelo ar que foi introduzido através do duodenoscópio.
Na sequência, o paciente pode ser liberado ou permanecer internado, de acordo com a avaliação do seu médico ou do anestesista. Se o paciente for liberado, em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento, se necessário.
LIBERAÇÃO DO PACIENTE
É liberado quando se encontrar em condições de andar espontaneamente e se estiver respirando confortavelmente. Será liberado necessariamente com acompanhante, que deverá preencher um Termo de Acompanhante:
ENCAMINHAR-SE AO HOSPITAL EM CASO DE:
Se ocorrerem dor, febre, fezes pretas ou vômitos nas 24 horas após o procedimento. Caso ainda tenha dúvida sobre o exame, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade de endoscopia.
IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada procedimento, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas
C – COLONOSCOPIA
É o procedimento que visualiza seu cólon (intestino grosso), utilizando um tubo flexível introduzido através do ânus, com a finalidade de estudar o interior de todo o intestino grosso e a porção terminal do intestino fino. Se houver necessidade, durante o procedimento, pode ser coletado material do intestino (biópsia) para análise laboratorial detalhada. Não causa dor. Pequenos tumores (pólipos) podem ser removidos por um laço por onde passa corrente elétrica; sangramentos podem ser diagnosticados e, muitas vezes, tratados durante o próprio exame.
Com este procedimento é possível realizarmos:
Biópsia e/ou citologia
Dilatação (dilatação de local mais fechado)
Estenostomia (abertura de um local mais fechado)
Tatuagem (marcação de determinado local)
Mucosectomia
Descompressão do cólon (no caso de torção do sigmoide)
Hemostasia (conter sangramento)
Polipectomia
Retirada de corpo estranho
PREPARO
Para permitir uma visão clara, o cólon (intestino grosso) deve estar completamente limpo e sem resíduos. O paciente deverá fazer, na véspera, uma dieta líquida, sem resíduos, e tomar o laxante de acordo com as orientações entregues no momento do agendamento. Preparo para o procedimento. Após a ingestão do laxante é importante tomar bastante líquido, que pode ser água, chá, água-de-coco, gelatinas, Gatorade e caldos (de carne, frango ou de legumes coados). “Não pode ser liquidificado”. E importante ingerir líquidos, no mínimo 2 litros/dia. Seu acompanhante o conduzirá até sua casa. No dia do procedimento você deverá se apresentar ao hospital no horário agendado, em jejum absoluto de 8 horas. Faz-se necessário puncionar acesso venoso antes do procedimento.
USO DE MEDICAÇÕES
Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS os medicamentos devem ser ingeridos com o mínimo de água pela manhã. Aproximadamente às 6 h, mesmo com o procedimento marcado no período da manhã.
Se você faz uso de Insulina procure orientação para ajuste de dose e horário com o médico que acompanha.
ANTICOAGULANTES e ANTIAGREGANTE PLAQUETÁROS são medicamentos que quando o paciente usa, se ocorre um eventual sangramento, mesmo numa simples biópsia, o mesmo pode não ser controlado. A medicação deve ser suspensa antes do procedimento de acordo com o RISCO DO PROCEDIMENTO e do RISCO DE EVENTO TROMBOEMBÓLICO (motivo pelo qual o paciente usa o medicamento). O momento em que o medicamento deve ser suspenso varia de acordo com o tipo (ver tabela) e deve ser orientada pelo médico que acompanha o paciente e, muitas vezes, em comum acordo com o médico endoscopista.
USO DE MARCAPASSO CARDÍACO
Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.
NO DIA DO PROCEDIMENTO
Responda às perguntas que serão feitas, principalmente no que se refere às doenças anteriores, alergias e medicamentos que esteja tomando. Se já realizou exame de colonoscopia, o laudo anterior se faz necessário. Você será requisitado a assinar um Termo de consentimento – COLONOSCOPIA, com ciência dos riscos do procedimento. Será oferecida uma vestimenta do hospital e solicitada a retirada de seus óculos, lentes de contato, relógios e prótese dentária. Você será colocado em uma posição confortável sobre seu lado esquerdo. Será dada uma medicação sedativa ou anestésica na veia para fazê-lo adormecer e relaxar. O médico introduzirá o colonoscópio através de seu ânus para dentro do reto e o avançará através do cólon. Se você sentir algum desconforto, cólicas e pressão abdominal, em virtude do ar que é introduzido em seu cólon, a dose do sedativo ou anestésico será ajustada.
Isso é normal e passará rapidamente, após a eliminação de gases. O ar é importante para que o médico examine minuciosamente o intestino.
NO VERSO DO TERMO:
Preencher:
1. Nome do paciente:
2. Idade:
3. Tem alergia a algum medicamento? Se sim, qual ou quais?
4. O que o paciente está sentindo? Qual é o motivo do exame?
5. Medicamentos em uso:
6. Apresentar resultados de exames anteriores!!!
TEMPO DO PROCEDIMENTO
O procedimento levará, em média, cerca de 20 a 40 minutos.
APÓS O PROCEDIMENTO
Você permanecerá em repouso numa sala de recuperação até ser liberado pelo médico após neutralização do efeito sedativo ou anestésico. Portanto, você não deve dirigir após o procedimento, nem executar tarefas que exijam atenção, como operar máquinas ou tomar decisões importantes, pois a sedação diminui os reflexos e seu raciocínio.
LIBERAÇÃO DO PACIENTE
O paciente é liberado quando se encontrar em condições de andar espontaneamente e se estiver respirando confortavelmente. Será liberado necessariamente com acompanhante, que deverá preencher um Termo de Acompanhante.
Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento.
Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento, se necessário.
ALIMENTAÇÃO APÓS O PROCEDIMENTO
Em razão do preparo a que o intestino foi submetido e a fim de facilitar a digestão, você deverá fazer uma refeição leve, voltando gradativamente à dieta normal no dia seguinte.
QUESTÕES/DÚVIDAS
É importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor, fezes pretas, febre ou vômitos nas primeiras 24 horas após o exame.
IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada procedimento, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas
A – BRONCOSCOPIA
D – ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA OU ESOFAGOGASTRODUODENOSCOPIA
É um procedimento que permite visualizar o esôfago, estômago e duodeno até a sua 2ªporção, considerado a primeira parte do intestino. É realizada se introduzindo um tubo flexível, através da boca, sob sedação ou anestesia. É possível realizar o procedimento apenas com anestésico tópico na faringe (garganta), se o paciente tiver uma boa tolerância. Esse tubo contém uma lente, luzes e um canal onde o médico poderá trabalhar para coletar material ou realizar algum tratamento.
PREPARO
O estômago deverá estar vazio. Não coma nem beba nada 8 horas antes do procedimento. É necessário jejum absoluto de 8 horas. Nem água deve ser ingerida.
USO DE MEDICAÇÕES
Se você faz uso de MEDICAÇÕES para HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES, DOENÇAS DO CORAÇÃO, ANTIBIÓTICOS e DIURÉTICOS os medicamentos devem ser ingeridos com o mínimo de água pela manhã. Aproximadamente às 6 h, mesmo com o procedimento marcado no período da manhã.
Se você faz uso de Insulina procure orientação para ajuste de dose e horário com o médico que acompanha.
ANTICOAGULANTES e ANTIAGREGANTE PLAQUETÁROS são medicamentos que quando o paciente usa, se ocorre um eventual sangramento, mesmo numa simples biópsia, o mesmo pode não ser controlado. A medicação deve ser suspensa antes do procedimento de acordo com o RISCO DO PROCEDIMENTO e do RISCO DE EVENTO TROMBOEMBÓLICO (motivo pelo qual o paciente usa o medicamento). O momento em que o medicamento deve ser suspenso varia de acordo com o tipo (ver tabela) e deve ser orientada pelo médico que acompanha o paciente e, muitas vezes, em comum acordo com o médico endoscopista.
USO DE MARCAPASSO CARDÍACO
Se você faz uso de MARCAPASSO CARDÍACO deve comunicar ao seu médico, a enfermagem do Serviço de Endoscopia e ao médico que realizará o procedimento.
NO DIA DO PROCEDIMENTO
Você deverá estar de estômago vazio (jejum de 08 horas) no momento do procedimento.
Comparecer à recepção do Setor de Endoscopia, 15 MINUTOS antes do horário marcado.
Trazer TODOS os EXAMES que você possui (MESMO OS ANTIGOS) e apresente o Cartão do Convênio e o Documento de Identidade. Será necessário preencher o Termo de Consentimento – ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA, com ciência dos riscos do procedimento.
NO VERSO DO TERMO:
Preencher:
1. Nome do paciente:
2. Idade:
3. Tem alergia a algum medicamento? Se sim, qual ou quais?
4. O que o paciente está sentindo? Qual é o motivo do exame?
5. Medicamentos em uso:
6. Apresentar resultados de exames anteriores!!!
Em decorrência dos efeitos da medicação sedativa, você não poderá conduzir veículos, ou ser conduzido para a sua residência em motocicleta, nem exercer ATIVIDADES DE RISCO, que necessitem de atenção nas 12 horas seguintes, nem poderá fazer uso de bebidas alcoólicas no mesmo dia ou após 24 horas do término do procedimento. Solicitar junto ao seu médico ATESTADO para afastamento do trabalho ou escola, se necessário.
O QUE ACONTECERÁ
O médico e/ou a enfermeira fará uma entrevista, investigando possíveis patologias, reações alérgicas, cirurgias anteriores e se já realizou procedimento de endoscopia anteriormente. Caso afirmativo, o laudo se faz necessário. Você precisará colocar uma vestimenta do hospital, remover seus óculos, lentes de contato e prótese dentária.
COMO O PROCEDIMENTO É REALIZADO
Na sala você será colocado numa posição adequada, ou seja, deitará sobre o lado esquerdo. Será oferecida uma medicação oral “simeticona” para eliminar bolhas de ar, facilitando a visualização do estômago e do duodeno. Um anestésico tópico (spray) será “borrifado” na sua garganta, permitindo a passagem do aparelho sem provocar dor ou náuseas. Uma medicação para relaxar ou mesmo um anestésico será aplicado na veia momentos antes de iniciar o procedimento, para fazer você adormecer. Essa medicação provoca sono e esquecimento por algum tempo. Por isso você não deve dirigir após o procedimento ou realizar tarefas que necessitem de atenção, como operar máquinas ou tomar decisões importantes, já que a sedação diminui seus reflexos e seu raciocínio. Deve vir acompanhado de uma pessoa que lhe conduza para casa. Um protetor plástico será colocado entre seus dentes para manter sua boca aberta durante o procedimento. Um tubo flexível, fino e pequeno será passado através de sua boca. Por meio dele, o médico será capaz de identificar qualquer anormalidade que possa estar presente, inclusive coletar amostras de tecido (biópsias) colhidas durante o procedimento para análise laboratorial detalhada. Não causa dor. Alguns tratamentos podem ser realizados pela endoscopia. Estes incluem entre outros: dilatação de uma área estreitada do esôfago, estômago e duodeno, remoção de pólipos, objetos deglutidos e tratamento de vasos sangrantes por injeção interna ou aplicação de calor.
TEMPO DO PROCEDIMENTO
É um procedimento rápido. Dura, em média, 10 minutos e é indolor.
Centro de Endoscopia de São Carlos – Manual de Rotinas e Procedimentos
APÓS O PROCEDIMENTO
Você irá permanecer na endoscopia até a neutralização completa dos efeitos do sedativo e/ou anestésico. Sua garganta pode ficar adormecida ou levemente irritada. Você não deve comer ou beber até que seu reflexo para engolir esteja normal. Depois disso, você pode retornar à sua dieta regular, a menos que seja aconselhado a fazer o contrário. Você pode sentir gases ou pequena distensão abdominal, pelo ar que foi introduzido através do endoscópio; contudo, isso passará rapidamente.
IMPORTANTE
O aparelho é submetido à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada procedimento, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas.
QUESTÕES/DÚVIDAS
Importante que você informe ao seu médico se ocorrerem dor; fezes pretas, febre ou vômitos nas primeiras 24 horas após o procedimento. Caso ainda tenha dúvida sobre o procedimento, você poderá entrar em contato com a enfermeira da unidade de endoscopia.
LIBERAÇÃO DO PACIENTE
O paciente é liberado quando se encontrar em condições de andar espontaneamente e se estiver respirando confortavelmente. Será liberado necessariamente com acompanhante, que deverá preencher um Termo de Acompanhante.
EXAMES
A – TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
O teste respiratório do hidrogênio expirado é um exame que utiliza a medida do hidrogênio na respiração para diagnosticar várias condições que originam sintomas gastrointestinais.
Em humanos, somente as bactérias – especificamente, as bactérias anaeróbias no cólon – são capazes de produzir hidrogênio. Essas bactérias produzem hidrogênio quando estão expostas a alimentos não absorvidos, especialmente açúcares e carboidratos, não de proteínas ou gorduras.
Normalmente uma pequena quantidade de hidrogênio pode ser produzida a partir da pequena quantidade de alimentos não absorvidos que atinge o cólon. Entretanto, maiores quantidades podem ser produzidas se houver um problema na digestão ou absorção alimentar no intestino delgado, permitindo que uma maior quantidade de alimento não absorvido atinja o cólon.
Grande quantidade de hidrogênio também pode ser produzida quando as bactérias do cólon se movimentam para o intestino delgado, uma condição chamada de supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SCBID). Nesta última situação, as bactérias estão expostas ao alimento não absorvido que não teve ainda a chance de atravessar completamente o intestino delgado e ter, então, uma digestão e absorção completa.
Uma certa quantidade do hidrogênio produzido pelas bactérias no intestino delgado ou no cólon é absorvida para a corrente sanguínea através das suas paredes. O hidrogênio contido no sangue é transportado para os pulmões onde é liberado e exalado na respiração podendo, então, ser medido.
UTILIZAÇÃO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
O teste respiratório do hidrogênio expirado é utilizado no diagnóstico de três condições. A primeira é quando os açúcares da dieta não têm digestão normal. O mais frequente deles é a lactose, o açúcar do leite. As pessoas que são incapazes de fazer a digestão apropriada da lactose são denominadas de intolerantes à lactose. O teste também pode ser usado para diagnosticar problemas com a digestão de outros açúcares como a sucrose, frutose e sorbitol. A segunda é para diagnosticar supercrescimento bacteriano do intestino delgado, uma situação em que um número maior que o normal de colônias bacterianas está presente no intestino delgado. A terceira é para diagnosticar a passagem rápida do alimento através do intestino delgado. Todas essas três situações podem causar dor abdominal, estufamento e distensão abdominal, flatulência (passagem de gás em grandes quantidades) e diarreia.
FUNCIONAMENTO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
As bactérias anaeróbicas do cólon são capazes de digerir os açúcares, carboidratos, como alimentos. Quando isso ocorre, elas convertem um pouco do açúcar em gases, mais comumente hidrogênio. Elas também produzem e liberam para o cólon outras substâncias como, por exemplo, químicos que fazem o cólon secretar água e ocasionam diarreia.
Como visto anteriormente, um pouco do hidrogênio é absorvido pelo cólon para a corrente sanguínea e é eliminado na respiração, onde pode ser medido. Se uma pequena quantidade de açúcar ou carboidrato atingir o cólon, pouca quantidade de gás e outras substâncias são produzidas, não causando problemas. Quando uma maior quantidade de açúcar ou carboidrato atinge o cólon, porque não sofreram digestão e absorção no intestino delgado, uma quantidade maior de gás e outras substâncias é formada no cólon.
Por exemplo, se um indivíduo digere e absorve normalmente o açúcar do leite (lactose), nenhuma lactose que foi administrada para o teste respiratório do hidrogênio expirado atinge o cólon e, então, não é observado nenhum aumento na concentração do hidrogênio na respiração durante a realização do teste. Por outro lado, se um indivíduo não digere e absorve completamente a lactose, ou seja, ele ou ela é intolerante à lactose, ela passa pelo intestino delgado e atinge o cólon onde as bactérias a digerem e produzem hidrogênio. Nessa situação ocorre um aumento na concentração do hidrogênio na respiração. Outros açúcares no qual a digestão insuficiente pode ser diagnosticada pelo teste respiratório são a frutose (encontrada no xarope de milho) e sorbitol (adoçante de baixa caloria).
Existem outras situações que a digestão anormal dos açúcares da dieta pelas bactérias pode causar problemas. Diferentemente do cólon, o número de bactérias anaeróbicas produtoras de hidrogênio no intestino delgado é pequeno. Se, entretanto, um grande número de bactérias produtoras de hidrogênio se movem para o intestino delgado a partir do cólon, uma condição denominada de supercrescimento bacteriano do intestino delgado, elas podem digerir os açúcares e carboidratos antes que o intestino delgado tenha a chance de fazer a sua digestão e absorve-la, produzindo, então, grandes quantidades de hidrogênio.
Finalmente, se os indivíduos têm uma passagem anormalmente rápida da comida através do intestino delgado, pode não haver tempo suficiente para a digestão e absorção dos açúcares e carboidratos no intestino delgado. A consequência é a entrada de grandes quantidades de açúcar e carboidrato no colon onde a bactéria pode digerir e converte-los em gás.
Para diagnosticar supercrescimento bacteriano e trânsito rápido através do intestino delgado, geralmente é utilizado para o teste um açúcar que não é digerido e absorvido pelo homem, como a lactulose. No caso de passagem rápida pelo intestino, o açúcar passa rapidamente pelo intestino delgado e para o cólon de maneira que o hidrogênio é encontrado na respiração muito cedo após a sua ingestão. No caso de supercrescimento bacteriano, a produção de hidrogênio ocorre duas vezes durante o teste. Uma vez pela bactéria no intestino delgado e a segunda quando o açúcar entrar no cólon.
REALIZAÇÃO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Antes do teste respiratório, o paciente faz jejum de 12 horas. No início do teste assopra vagarosamente num aparelho portátil (Gastrolyser ®). O aparelho mede a concentração inicial (basal) de hidrogênio. Depois ingere uma pequena quantidade do açúcar a ser testado (lactose, frutose, lactose, glicose, etc., dependendo do objetivo do exame). Amostras adicionais do ar expirado no aparelho são analisados e medido o hidrogênio a cada 15 e 30 minutos por três e até cinco horas.
INTERPRETAÇÃO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
A interpretação dos resultados do teste respiratório do hidrogênio expirado depende do açúcar que é utilizado e o padrão de produção de hidrogênio após a sua ingestão. Após a ingestão das doses de teste dos açúcares da dieta (lactose, frutose ou sorbitol), qualquer produção de hidrogênio significa que há um problema com a digestão ou absorção do açúcar testado e que alguma quantidade dele atingiu o cólon. Quando o trânsito intestinal rápido está presente, a dose de teste da lactulose, que não é digerível, atinge o cólon mais rapidamente que o normal e, então, a bactéria colônica produz hidrogênio mais precocemente após a ingestão do açúcar. Quando está presente o supercrescimento bacteriano do intestino delgado, a ingestão de lactulose resulta em dois períodos separados de produção de hidrogênio durante o teste, um período mais precoce causado pela bactéria no intestino delgado e um mais tardio causado pela bactéria no cólon.
LIMITAÇÕES DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Existem várias limitações para o teste respiratório do hidrogênio expirado. Por razões desconhecidas, realizando o teste para supercrescimento bacteriano do intestino delgado com lactulose pode ser diagnosticado somente 60% dos casos (esta diminuição da sensibilidade do teste pode ser devida em parte aos critérios estritos que são utilizados para interpretar o teste como anormal; com menor restrição dos critérios o supercrescimento pode ser diagnosticado mais frequentemente). Ainda, com o supercrescimento bacteriano pode haver uma sobreposição dos períodos precoces e tardios da produção de hidrogênio que pode ser interpretado erroneamente como um único período característico de trânsito intestinal rápido. Finalmente, alguns indivíduos normais podem ter um trânsito lento através do intestino delgado tornando o teste prolongado – até 5 horas – sendo que algumas pessoas não se predispõem a continua-lo.
Outros não têm bactérias produtoras de hidrogênio o que torna impossível realizar o teste respiratório do hidrogênio expirado. A maioria destes tem uma bactéria que produz um gás diferente, metano (existem outros que produzem os dois: hidrogênio e metano). O metano pode ser medido na respiração tal como o hidrogênio, e essa produção pode ser utilizada da mesma maneira como o hidrogênio.
Existe muito menor experiência com metano, entretanto, sendo a sua produção mais complexa que a de hidrogênio. Então, não está claro se o padrão de produção de metano após a ingestão de açúcares pode ser interpretado da mesma maneira que a produção de hidrogênio, especialmente no diagnóstico de supercrescimento bacteriano.
O padrão de produção de hidrogênio que é típico para supercrescimento bacteriano não significa necessariamente que os sintomas do indivíduo são causados pelo supercrescimento. Por exemplo, podem haver muitas anormalidades anatômicas do intestino delgado como estenoses (estreitamentos) ou anormalidades funcionais na maneira da musculatura do intestino delgado trabalhar.
Estas anormalidades podem causar sintomas de estufamento, distensão, dor e diarreia por si só, mas eles também podem conduzir ao supercrescimento bacteriano. Então, pode haver uma anormalidade de base que é a responsável pelos sintomas e não o supercrescimento bacteriano. A única maneira de diferenciar entre as duas causas que podem originar o problema é tratar e erradicar a bactéria. Se os sintomas desaparecerem é mais provável que o supercrescimento é o responsável pelos sintomas ao invés da anormalidade de base.
Qualquer condição que tem como consequência a entrega ao cólon de alimento não digerido ou mal absorvido pode resultar em testes respiratórios anormais quando os açucares da dieta são utilizados como substrato. A insuficiência pancreática e doença celíaca podem produzir testes respiratórios anormais. No primeiro porque estão faltando as enzimas pancreáticas para a digestão dos açúcares e no segundo porque a camada superficial do intestino delgado está destruída e a comida digerida não pode ser absorvida. Em ocasiões pode ser necessário excluir essas causas de teste respiratório anormal com a realização de exames adicionais para a função pancreática e biópsia de intestino delgado.
OUTRAS MANEIRAS NOS QUAIS O TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO PODE SER UTILIZADO
Os antibióticos são utilizados para tratar supercrescimento bacteriano do intestino delgado; entretanto, qualquer antibiótico pode ser eficiente para eliminar o supercrescimento da bactéria somente em 50-60% das vezes. Então, se os sintomas não desaparecem num indivíduo após o tratamento com antibióticos, pode ser útil repetir o teste respiratório para determinar se os antibióticos eliminaram a bactéria. Se não, um tratamento sem antibiótico ou com um antibiótico diferente pode ser tentado.
EFEITOS COLATERAIS DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Os efeitos colaterais do teste respiratório do hidrogênio expirado são exatamente os mesmos que se poderia esperar em indivíduos que digerem e absorvem pouco os açúcares e carboidratos, por exemplo, estufamento, distensão, dor e diarreia. Quando é utilizada a lactulose estes sintomas são improváveis de ocorrer ou são fracos porque a dose de lactulose utilizada no teste é pequena.
ALTERNATIVAS PARA O TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Para diagnosticar a intolerância à lactose, um procedimento alternativo ao teste respiratório necessita retirar amostras de sangue antes e após a ingestão de lactose. Se a digestão e absorção de lactose é normal, os níveis de glicose no sangue devem aumentar. A elevação da glicose no sangue ocorre porque a lactose é quebrada para os seus dois componentes que são absorvidos para o sangue, galactose e glicose.
Uma segunda alternativa é dar uma dose de lactose (ou outro açúcar da dieta) e observar os sintomas da pessoa. Se ela for intolerante pode ocorrer estufamento, distensão, dor, flatulência e diarreia. Uma terceira alternativa é fazer uma tentativa dietética na qual o açúcar que potencialmente acarreta os problemas é estritamente eliminado. Todas estas alternativas, entretanto, têm limitações e problemas.
O supercrescimento bacteriano pode ser diagnosticado pela cultura da bactéria a partir de uma amostra de líquido do intestino delgado e contando o número de colônias da bactéria que está presente. Este procedimento requer a passagem de uma sonda através do nariz, garganta, esôfago e estômago sob controle radiológico (ou endoscópico) de maneira tal que o líquido possa ser obtido no intestino delgado.
É um procedimento desconfortável e caro e a maioria dos laboratórios não estão capacitados para fazer culturas precisas das amostras. Então, este teste não é realizado rotineiramente.
B – MANOMETRIA ANORRETAL
Manometria anorretal é um procedimento realizado para avaliar pacientes com constipação ou incontinência fecal. O exame mede basicamente as pressões dos músculos do esfíncter anal, a sensação no reto e os reflexos neurais que são necessários para executar os movimentos normais do intestino. Pode ser realizado em qualquer idade. Não requer (nem permite) anestesia ou sedação, por ser um exame pouco invasivo e indolor e prescindir da participação consciente do paciente
PREPARO PARA O PROCEDIMENTO
Normalmente não se faz nenhum preparo. A alimentação deve ser a habitual. No caso de pacientes com prisão de ventre, pode ser solicitado o uso de algum supositório na manhã do exame. O ideal é que o paciente já tenha evacuado antes do exame. Pode-se tomar qualquer medicação regular até 2 horas antes do estudo. O procedimento do exame leva cerca de 20 minutos. Será solicitado vestir um avental. O médico ou enfermeiro irá explicar o procedimento, obter uma história breve de saúde e responder a quaisquer perguntas que possa haver.
REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
O paciente, em seguida, deita de lado na maca. Uma pequena sonda flexível, do calibre de um termômetro, com um balão na extremidade é inserida no reto. O cateter é conectado a um aparelho que mede basicamente pressões. Durante o procedimento, o pequeno balão anexado ao cateter pode ser inflado no reto para avaliar as vias de reflexos normais. A enfermeira ou o médico também podem pedir ao paciente para efetuar movimentos comuns como: esforço para evacuar, para prender, ou mesmo relaxar em vários momentos do exame. As pressões do músculo esfíncter anal são medidas durante cada uma dessas manobras. Para prender, o paciente aperta os músculos do esfíncter, como se tentando impedir que alguma coisa fosse sair. Para forçar a evacuação, as tensões serão dirigidas para baixo como se tentando ter um movimento de evacuação.
O QUE PODE SER APREENDIDO A PARTIR MANOMETRIA ANORRETAL
A área anal e retal contém músculos especializados que são úteis para regular a passagem correta do conteúdo intestinal, resultado dos movimentos intestinais (gases e fezes). Normalmente, quando o conteúdo entra no reto, o músculo esfíncter anal aperta-se como um reflexo para impedir a passagem de fezes, principalmente se o reflexo ocorrer em momento inconveniente. Se este músculo é fraco ou não contrai de forma adequada, a incontinência (perda de gases ou fezes) pode ocorrer. Normalmente, quando uma pessoa força uma evacuação, relaxa os músculos do esfíncter anal. Assim, a diminuição das pressões permite a evacuação de fezes. Se os músculos do esfíncter não fizerem movimentos coordenados ou adequados, poderá contribuir para a constipação. A manometria anal avalia a força dos músculos do esfíncter e se eles relaxam adequadamente. Fornece informações úteis para o médico no tratamento de pacientes com incontinência fecal ou constipação acentuada. Pode também ser solicitada para casos de pré-operatório de fissura, hemorroidas ou prolapso, com a intenção de se estudar a anatomia local e suas capacidades funcionais. Existem muitas causas de incontinência fecal. O músculo do esfíncter anal fraco ou a sensibilidade do reto diminuída podem contribuir para a incontinência fecal. Se estas anormalidades estão presentes, elas podem ser tratadas.
BIOFEEDBACK
Técnicas de biofeedback utilizando manometria anal e exercícios especiais dos músculos do assoalho pélvico podem fortalecer os músculos e melhorar a sensação e a função evacuatória auxiliando tratar a incontinência fecal. Esta técnica pode ser comparada a uma fisioterapia local, requisitando do paciente o comprometimento com a manutenção dos exercícios ensinados, para alcançar o sucesso do tratamento. Existem muitas causas de constipação. Algumas se associam a movimento lento através do de todo o cólon, enquanto outras comprometem os músculos do esfíncter anal. Em alguns pacientes com constipação, os músculos do esfíncter anal não se relaxam adequadamente durante o esforço evacuatório, o que chamamos de “anismo”. Também pode ser corrigido através do biofeedback.
RISCOS DE MANOMETRIA ANORRETAL
A manometria anorretal é um procedimento seguro e de baixo risco e é pouco provável causar qualquer dor. As complicações são raras: é possível que um pequeno sangramento possa ocorrer se o paciente estiver com uma lesão prévia. Se você é alérgico ao látex, você deve informar ao enfermeiro/técnico antes do teste, para que o balão do cateter seja substituído por um de vinil.
C – MANOMETRIA ESOFÁGICA
A manometria esofágica é um exame que afere as pressões do esôfago em repouso, durante a ingestão de água e durante a ingestão seca, avaliando o movimento do órgão. Este exame avalia as pressões e relaxamento dos esfíncteres esofagianos superior e inferior e as pressões no corpo esofagiano, verificando a harmonia da onda peristáltica durante a ingestão.
INDICAÇÕES
Pré-operatório de cirurgia anti-refluxo e cirurgia bariátrica;
Disfagia (dificuldade de engolir) funcional ou pós-operatória;
Investigação de dor torácica não cardíaca;
Investigação de doenças neuromusculares (esclerodermia);
Localização do esfíncter esofagiano inferior (“válvula” no final do esôfago), para o correto posicionamento da sonda de pHmetria (por isso deve ser realizada antes do exame de pH metria).
PREPARO PARA O EXAME
O preparo do exame é simples e consiste em jejum de 4 horas antes da sua realização, e suspensão de alguns medicamentos. Nos casos em que o médico solicitante quer avaliar a efetividade do tratamento estes medicamentos devem ser mantidos.
REALIZAÇÃO DO EXAME
Será aplicado gel anestésico local, que serve também como lubrificante para ajudar na introdução da sonda. Será introduzida uma sonda através de uma das narinas, o que pode provocar leve desconforto. Durante a passagem da sonda o paciente sentirá a mesma passando por traz da garganta, como se estivesse engolindo um comprimido ou qualquer outro alimento. Isso pode parecer estranho, mas não dói. Será solicitado ao paciente a deglutição de pequenas quantidades de água oferecidas de forma intermitente e também será solicitada a deglutição a seco. O exame é realizado por um médico e dura cerca de 20 minutos, em ambiente ambulatorial, sem sedação. A maioria das pessoas o tolera bem.
APÓS O EXAME
O paciente poderá retornar as suas atividades normais, inclusive de trabalho, a não ser que vá fazer a pHmetria em seguida.
D- PHMETRIA ESOFÁGICA
A pHmetria é um exame que mensura a quantidade de ácido que sai do estômago para o esôfago, ao longo de 24 horas. A manometria esofágica deve ser realizada antes da pHmetria para avaliar o correto posicionamento do cateter da pHmetria no esôfago.
INDICAÇÕES
Pré operatório de hérnia do hiato esofágico.
Avaliar refluxo gastroesofágico como causa de tosse crônica, rouquidão, pigarro, infecção das vias aéreas de repetição e desgaste dentário.
Avaliar a efetividade dos tratamentos clínico ou cirúrgico do refluxo.
PREPARO PARA O EXAME
O preparo do exame é simples e consiste em jejum de 4 horas antes da sua realização, e suspensão de alguns medicamentos que interferem no pH do suco gástrico e na motilidade do tubo digestivo. Nos casos em que o médico solicitante quer avaliar a efetividade do tratamento estes medicamentos devem ser mantidos.
REALIZAÇÃO DO EXAME
Será aplicado gel anestésico local, e será introduzido um fino cateter através de uma das narinas. O objetivo deste gel é também lubrificar a narina para ajudar na introdução do fio. O paciente poderá sentir um leve desconforto, em geral o exame é bem tolerado. Será colado também um sensor na pele do abdome ou no dorso que não pode ser molhado, devendo permanecer ao longo do exame, e este aparelho segue com o paciente. Neste período o paciente deverá preencher um formulário registrando os horários de alimentação, o período que estiver deitado e quando estiver sentindo algo relacionado à causa do exame. O paciente não deve ficar com o tronco inclinado, somente nas posições vertical (sentado ou em pé) ou na posição horizontal. A retirada do aparelho será realizada no dia seguinte. Tempo de duração o exame: 24 horas.
APÓS A COLOCAÇÃO DO APARELHO
Durante o exame o paciente terá algumas restrições. Poderá ter um dia normal de atividades do dia a dia e até trabalhar dependendo da atividade. No período do exame, não se deve praticar esportes. É possível fazer a higienização das áreas íntimas, entretanto banho completo somente após retirar o aparelho. O aparelho não deve ser molhado ou exposto a vapor ou a calor.
Centro de Endoscopia de São Carlos – Manual de Rotinas e Procedimentos
A – TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
O teste respiratório do hidrogênio expirado é um exame que utiliza a medida do hidrogênio na respiração para diagnosticar várias condições que originam sintomas gastrointestinais.
Em humanos, somente as bactérias – especificamente, as bactérias anaeróbias no cólon – são capazes de produzir hidrogênio. Essas bactérias produzem hidrogênio quando estão expostas a alimentos não absorvidos, especialmente açúcares e carboidratos, não de proteínas ou gorduras.
Normalmente uma pequena quantidade de hidrogênio pode ser produzida a partir da pequena quantidade de alimentos não absorvidos que atinge o cólon. Entretanto, maiores quantidades podem ser produzidas se houver um problema na digestão ou absorção alimentar no intestino delgado, permitindo que uma maior quantidade de alimento não absorvido atinja o cólon.
Grande quantidade de hidrogênio também pode ser produzida quando as bactérias do cólon se movimentam para o intestino delgado, uma condição chamada de supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SCBID). Nesta última situação, as bactérias estão expostas ao alimento não absorvido que não teve ainda a chance de atravessar completamente o intestino delgado e ter, então, uma digestão e absorção completa.
Uma certa quantidade do hidrogênio produzido pelas bactérias no intestino delgado ou no cólon é absorvida para a corrente sanguínea através das suas paredes. O hidrogênio contido no sangue é transportado para os pulmões onde é liberado e exalado na respiração podendo, então, ser medido.
UTILIZAÇÃO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
O teste respiratório do hidrogênio expirado é utilizado no diagnóstico de três condições. A primeira é quando os açúcares da dieta não têm digestão normal. O mais frequente deles é a lactose, o açúcar do leite. As pessoas que são incapazes de fazer a digestão apropriada da lactose são denominadas de intolerantes à lactose. O teste também pode ser usado para diagnosticar problemas com a digestão de outros açúcares como a sucrose, frutose e sorbitol. A segunda é para diagnosticar supercrescimento bacteriano do intestino delgado, uma situação em que um número maior que o normal de colônias bacterianas está presente no intestino delgado. A terceira é para diagnosticar a passagem rápida do alimento através do intestino delgado. Todas essas três situações podem causar dor abdominal, estufamento e distensão abdominal, flatulência (passagem de gás em grandes quantidades) e diarreia.
FUNCIONAMENTO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
As bactérias anaeróbicas do cólon são capazes de digerir os açúcares, carboidratos, como alimentos. Quando isso ocorre, elas convertem um pouco do açúcar em gases, mais comumente hidrogênio. Elas também produzem e liberam para o cólon outras substâncias como, por exemplo, químicos que fazem o cólon secretar água e ocasionam diarreia.
Como visto anteriormente, um pouco do hidrogênio é absorvido pelo cólon para a corrente sanguínea e é eliminado na respiração, onde pode ser medido. Se uma pequena quantidade de açúcar ou carboidrato atingir o cólon, pouca quantidade de gás e outras substâncias são produzidas, não causando problemas. Quando uma maior quantidade de açúcar ou carboidrato atinge o cólon, porque não sofreram digestão e absorção no intestino delgado, uma quantidade maior de gás e outras substâncias é formada no cólon.
Por exemplo, se um indivíduo digere e absorve normalmente o açúcar do leite (lactose), nenhuma lactose que foi administrada para o teste respiratório do hidrogênio expirado atinge o cólon e, então, não é observado nenhum aumento na concentração do hidrogênio na respiração durante a realização do teste. Por outro lado, se um indivíduo não digere e absorve completamente a lactose, ou seja, ele ou ela é intolerante à lactose, ela passa pelo intestino delgado e atinge o cólon onde as bactérias a digerem e produzem hidrogênio. Nessa situação ocorre um aumento na concentração do hidrogênio na respiração. Outros açúcares no qual a digestão insuficiente pode ser diagnosticada pelo teste respiratório são a frutose (encontrada no xarope de milho) e sorbitol (adoçante de baixa caloria).
Existem outras situações que a digestão anormal dos açúcares da dieta pelas bactérias pode causar problemas. Diferentemente do cólon, o número de bactérias anaeróbicas produtoras de hidrogênio no intestino delgado é pequeno. Se, entretanto, um grande número de bactérias produtoras de hidrogênio se movem para o intestino delgado a partir do cólon, uma condição denominada de supercrescimento bacteriano do intestino delgado, elas podem digerir os açúcares e carboidratos antes que o intestino delgado tenha a chance de fazer a sua digestão e absorve-la, produzindo, então, grandes quantidades de hidrogênio.
Finalmente, se os indivíduos têm uma passagem anormalmente rápida da comida através do intestino delgado, pode não haver tempo suficiente para a digestão e absorção dos açúcares e carboidratos no intestino delgado. A consequência é a entrada de grandes quantidades de açúcar e carboidrato no colon onde a bactéria pode digerir e converte-los em gás.
Para diagnosticar supercrescimento bacteriano e trânsito rápido através do intestino delgado, geralmente é utilizado para o teste um açúcar que não é digerido e absorvido pelo homem, como a lactulose. No caso de passagem rápida pelo intestino, o açúcar passa rapidamente pelo intestino delgado e para o cólon de maneira que o hidrogênio é encontrado na respiração muito cedo após a sua ingestão. No caso de supercrescimento bacteriano, a produção de hidrogênio ocorre duas vezes durante o teste. Uma vez pela bactéria no intestino delgado e a segunda quando o açúcar entrar no cólon.
REALIZAÇÃO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Antes do teste respiratório, o paciente faz jejum de 12 horas. No início do teste assopra vagarosamente num aparelho portátil (Gastrolyser ®). O aparelho mede a concentração inicial (basal) de hidrogênio. Depois ingere uma pequena quantidade do açúcar a ser testado (lactose, frutose, lactose, glicose, etc., dependendo do objetivo do exame). Amostras adicionais do ar expirado no aparelho são analisados e medido o hidrogênio a cada 15 e 30 minutos por três e até cinco horas.
INTERPRETAÇÃO DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
A interpretação dos resultados do teste respiratório do hidrogênio expirado depende do açúcar que é utilizado e o padrão de produção de hidrogênio após a sua ingestão. Após a ingestão das doses de teste dos açúcares da dieta (lactose, frutose ou sorbitol), qualquer produção de hidrogênio significa que há um problema com a digestão ou absorção do açúcar testado e que alguma quantidade dele atingiu o cólon. Quando o trânsito intestinal rápido está presente, a dose de teste da lactulose, que não é digerível, atinge o cólon mais rapidamente que o normal e, então, a bactéria colônica produz hidrogênio mais precocemente após a ingestão do açúcar. Quando está presente o supercrescimento bacteriano do intestino delgado, a ingestão de lactulose resulta em dois períodos separados de produção de hidrogênio durante o teste, um período mais precoce causado pela bactéria no intestino delgado e um mais tardio causado pela bactéria no cólon.
LIMITAÇÕES DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Existem várias limitações para o teste respiratório do hidrogênio expirado. Por razões desconhecidas, realizando o teste para supercrescimento bacteriano do intestino delgado com lactulose pode ser diagnosticado somente 60% dos casos (esta diminuição da sensibilidade do teste pode ser devida em parte aos critérios estritos que são utilizados para interpretar o teste como anormal; com menor restrição dos critérios o supercrescimento pode ser diagnosticado mais frequentemente). Ainda, com o supercrescimento bacteriano pode haver uma sobreposição dos períodos precoces e tardios da produção de hidrogênio que pode ser interpretado erroneamente como um único período característico de trânsito intestinal rápido. Finalmente, alguns indivíduos normais podem ter um trânsito lento através do intestino delgado tornando o teste prolongado – até 5 horas – sendo que algumas pessoas não se predispõem a continua-lo.
Outros não têm bactérias produtoras de hidrogênio o que torna impossível realizar o teste respiratório do hidrogênio expirado. A maioria destes tem uma bactéria que produz um gás diferente, metano (existem outros que produzem os dois: hidrogênio e metano). O metano pode ser medido na respiração tal como o hidrogênio, e essa produção pode ser utilizada da mesma maneira como o hidrogênio.
Existe muito menor experiência com metano, entretanto, sendo a sua produção mais complexa que a de hidrogênio. Então, não está claro se o padrão de produção de metano após a ingestão de açúcares pode ser interpretado da mesma maneira que a produção de hidrogênio, especialmente no diagnóstico de supercrescimento bacteriano.
O padrão de produção de hidrogênio que é típico para supercrescimento bacteriano não significa necessariamente que os sintomas do indivíduo são causados pelo supercrescimento. Por exemplo, podem haver muitas anormalidades anatômicas do intestino delgado como estenoses (estreitamentos) ou anormalidades funcionais na maneira da musculatura do intestino delgado trabalhar.
Estas anormalidades podem causar sintomas de estufamento, distensão, dor e diarreia por si só, mas eles também podem conduzir ao supercrescimento bacteriano. Então, pode haver uma anormalidade de base que é a responsável pelos sintomas e não o supercrescimento bacteriano. A única maneira de diferenciar entre as duas causas que podem originar o problema é tratar e erradicar a bactéria. Se os sintomas desaparecerem é mais provável que o supercrescimento é o responsável pelos sintomas ao invés da anormalidade de base.
Qualquer condição que tem como consequência a entrega ao cólon de alimento não digerido ou mal absorvido pode resultar em testes respiratórios anormais quando os açucares da dieta são utilizados como substrato. A insuficiência pancreática e doença celíaca podem produzir testes respiratórios anormais. No primeiro porque estão faltando as enzimas pancreáticas para a digestão dos açúcares e no segundo porque a camada superficial do intestino delgado está destruída e a comida digerida não pode ser absorvida. Em ocasiões pode ser necessário excluir essas causas de teste respiratório anormal com a realização de exames adicionais para a função pancreática e biópsia de intestino delgado.
OUTRAS MANEIRAS NOS QUAIS O TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO PODE SER UTILIZADO
Os antibióticos são utilizados para tratar supercrescimento bacteriano do intestino delgado; entretanto, qualquer antibiótico pode ser eficiente para eliminar o supercrescimento da bactéria somente em 50-60% das vezes. Então, se os sintomas não desaparecem num indivíduo após o tratamento com antibióticos, pode ser útil repetir o teste respiratório para determinar se os antibióticos eliminaram a bactéria. Se não, um tratamento sem antibiótico ou com um antibiótico diferente pode ser tentado.
EFEITOS COLATERAIS DO TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Os efeitos colaterais do teste respiratório do hidrogênio expirado são exatamente os mesmos que se poderia esperar em indivíduos que digerem e absorvem pouco os açúcares e carboidratos, por exemplo, estufamento, distensão, dor e diarreia. Quando é utilizada a lactulose estes sintomas são improváveis de ocorrer ou são fracos porque a dose de lactulose utilizada no teste é pequena.
ALTERNATIVAS PARA O TESTE RESPIRATÓRIO DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
Para diagnosticar a intolerância à lactose, um procedimento alternativo ao teste respiratório necessita retirar amostras de sangue antes e após a ingestão de lactose. Se a digestão e absorção de lactose é normal, os níveis de glicose no sangue devem aumentar. A elevação da glicose no sangue ocorre porque a lactose é quebrada para os seus dois componentes que são absorvidos para o sangue, galactose e glicose.
Uma segunda alternativa é dar uma dose de lactose (ou outro açúcar da dieta) e observar os sintomas da pessoa. Se ela for intolerante pode ocorrer estufamento, distensão, dor, flatulência e diarreia. Uma terceira alternativa é fazer uma tentativa dietética na qual o açúcar que potencialmente acarreta os problemas é estritamente eliminado. Todas estas alternativas, entretanto, têm limitações e problemas.
O supercrescimento bacteriano pode ser diagnosticado pela cultura da bactéria a partir de uma amostra de líquido do intestino delgado e contando o número de colônias da bactéria que está presente. Este procedimento requer a passagem de uma sonda através do nariz, garganta, esôfago e estômago sob controle radiológico (ou endoscópico) de maneira tal que o líquido possa ser obtido no intestino delgado.
É um procedimento desconfortável e caro e a maioria dos laboratórios não estão capacitados para fazer culturas precisas das amostras. Então, este teste não é realizado rotineiramente.
B – MANOMETRIA ANORRETAL
Manometria anorretal é um procedimento realizado para avaliar pacientes com constipação ou incontinência fecal. O exame mede basicamente as pressões dos músculos do esfíncter anal, a sensação no reto e os reflexos neurais que são necessários para executar os movimentos normais do intestino. Pode ser realizado em qualquer idade. Não requer (nem permite) anestesia ou sedação, por ser um exame pouco invasivo e indolor e prescindir da participação consciente do paciente
PREPARO PARA O PROCEDIMENTO
Normalmente não se faz nenhum preparo. A alimentação deve ser a habitual. No caso de pacientes com prisão de ventre, pode ser solicitado o uso de algum supositório na manhã do exame. O ideal é que o paciente já tenha evacuado antes do exame. Pode-se tomar qualquer medicação regular até 2 horas antes do estudo. O procedimento do exame leva cerca de 20 minutos. Será solicitado vestir um avental. O médico ou enfermeiro irá explicar o procedimento, obter uma história breve de saúde e responder a quaisquer perguntas que possa haver.
REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
O paciente, em seguida, deita de lado na maca. Uma pequena sonda flexível, do calibre de um termômetro, com um balão na extremidade é inserida no reto. O cateter é conectado a um aparelho que mede basicamente pressões. Durante o procedimento, o pequeno balão anexado ao cateter pode ser inflado no reto para avaliar as vias de reflexos normais. A enfermeira ou o médico também podem pedir ao paciente para efetuar movimentos comuns como: esforço para evacuar, para prender, ou mesmo relaxar em vários momentos do exame. As pressões do músculo esfíncter anal são medidas durante cada uma dessas manobras. Para prender, o paciente aperta os músculos do esfíncter, como se tentando impedir que alguma coisa fosse sair. Para forçar a evacuação, as tensões serão dirigidas para baixo como se tentando ter um movimento de evacuação.
O QUE PODE SER APREENDIDO A PARTIR MANOMETRIA ANORRETAL
A área anal e retal contém músculos especializados que são úteis para regular a passagem correta do conteúdo intestinal, resultado dos movimentos intestinais (gases e fezes). Normalmente, quando o conteúdo entra no reto, o músculo esfíncter anal aperta-se como um reflexo para impedir a passagem de fezes, principalmente se o reflexo ocorrer em momento inconveniente. Se este músculo é fraco ou não contrai de forma adequada, a incontinência (perda de gases ou fezes) pode ocorrer. Normalmente, quando uma pessoa força uma evacuação, relaxa os músculos do esfíncter anal. Assim, a diminuição das pressões permite a evacuação de fezes. Se os músculos do esfíncter não fizerem movimentos coordenados ou adequados, poderá contribuir para a constipação. A manometria anal avalia a força dos músculos do esfíncter e se eles relaxam adequadamente. Fornece informações úteis para o médico no tratamento de pacientes com incontinência fecal ou constipação acentuada. Pode também ser solicitada para casos de pré-operatório de fissura, hemorroidas ou prolapso, com a intenção de se estudar a anatomia local e suas capacidades funcionais. Existem muitas causas de incontinência fecal. O músculo do esfíncter anal fraco ou a sensibilidade do reto diminuída podem contribuir para a incontinência fecal. Se estas anormalidades estão presentes, elas podem ser tratadas.
BIOFEEDBACK
Técnicas de biofeedback utilizando manometria anal e exercícios especiais dos músculos do assoalho pélvico podem fortalecer os músculos e melhorar a sensação e a função evacuatória auxiliando tratar a incontinência fecal. Esta técnica pode ser comparada a uma fisioterapia local, requisitando do paciente o comprometimento com a manutenção dos exercícios ensinados, para alcançar o sucesso do tratamento. Existem muitas causas de constipação. Algumas se associam a movimento lento através do de todo o cólon, enquanto outras comprometem os músculos do esfíncter anal. Em alguns pacientes com constipação, os músculos do esfíncter anal não se relaxam adequadamente durante o esforço evacuatório, o que chamamos de “anismo”. Também pode ser corrigido através do biofeedback.
RISCOS DE MANOMETRIA ANORRETAL
A manometria anorretal é um procedimento seguro e de baixo risco e é pouco provável causar qualquer dor. As complicações são raras: é possível que um pequeno sangramento possa ocorrer se o paciente estiver com uma lesão prévia. Se você é alérgico ao látex, você deve informar ao enfermeiro/técnico antes do teste, para que o balão do cateter seja substituído por um de vinil.
C – MANOMETRIA ESOFÁGICA
A manometria esofágica é um exame que afere as pressões do esôfago em repouso, durante a ingestão de água e durante a ingestão seca, avaliando o movimento do órgão. Este exame avalia as pressões e relaxamento dos esfíncteres esofagianos superior e inferior e as pressões no corpo esofagiano, verificando a harmonia da onda peristáltica durante a ingestão.
INDICAÇÕES
PREPARO PARA O EXAME
O preparo do exame é simples e consiste em jejum de 4 horas antes da sua realização, e suspensão de alguns medicamentos. Nos casos em que o médico solicitante quer avaliar a efetividade do tratamento estes medicamentos devem ser mantidos.
REALIZAÇÃO DO EXAME
Será aplicado gel anestésico local, que serve também como lubrificante para ajudar na introdução da sonda. Será introduzida uma sonda através de uma das narinas, o que pode provocar leve desconforto. Durante a passagem da sonda o paciente sentirá a mesma passando por traz da garganta, como se estivesse engolindo um comprimido ou qualquer outro alimento. Isso pode parecer estranho, mas não dói. Será solicitado ao paciente a deglutição de pequenas quantidades de água oferecidas de forma intermitente e também será solicitada a deglutição a seco. O exame é realizado por um médico e dura cerca de 20 minutos, em ambiente ambulatorial, sem sedação. A maioria das pessoas o tolera bem.
APÓS O EXAME
O paciente poderá retornar as suas atividades normais, inclusive de trabalho, a não ser que vá fazer a pHmetria em seguida.
D- PHMETRIA ESOFÁGICA
A pHmetria é um exame que mensura a quantidade de ácido que sai do estômago para o esôfago, ao longo de 24 horas. A manometria esofágica deve ser realizada antes da pHmetria para avaliar o correto posicionamento do cateter da pHmetria no esôfago.
INDICAÇÕES
PREPARO PARA O EXAME
O preparo do exame é simples e consiste em jejum de 4 horas antes da sua realização, e suspensão de alguns medicamentos que interferem no pH do suco gástrico e na motilidade do tubo digestivo. Nos casos em que o médico solicitante quer avaliar a efetividade do tratamento estes medicamentos devem ser mantidos.
REALIZAÇÃO DO EXAME
Será aplicado gel anestésico local, e será introduzido um fino cateter através de uma das narinas. O objetivo deste gel é também lubrificar a narina para ajudar na introdução do fio. O paciente poderá sentir um leve desconforto, em geral o exame é bem tolerado. Será colado também um sensor na pele do abdome ou no dorso que não pode ser molhado, devendo permanecer ao longo do exame, e este aparelho segue com o paciente. Neste período o paciente deverá preencher um formulário registrando os horários de alimentação, o período que estiver deitado e quando estiver sentindo algo relacionado à causa do exame. O paciente não deve ficar com o tronco inclinado, somente nas posições vertical (sentado ou em pé) ou na posição horizontal. A retirada do aparelho será realizada no dia seguinte. Tempo de duração o exame: 24 horas.
APÓS A COLOCAÇÃO DO APARELHO
Durante o exame o paciente terá algumas restrições. Poderá ter um dia normal de atividades do dia a dia e até trabalhar dependendo da atividade. No período do exame, não se deve praticar esportes. É possível fazer a higienização das áreas íntimas, entretanto banho completo somente após retirar o aparelho. O aparelho não deve ser molhado ou exposto a vapor ou a calor.
Centro de Endoscopia de São Carlos – Manual de Rotinas e Procedimentos
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS
A evolução permanente da tecnologia conduz a equipe do setor de endoscopia a reavaliar constantemente suas práticas. A recrudescência de certas doenças infecciosas, a necessidade de lutar contra infecções nosocomiais, põe em questão as regras de assepsia a serem respeitadas pela equipe de enfermagem. Os endoscópios digestivos e broncoscópios flexíveis são aparelhos caros e frágeis que necessitam de manutenção rigorosa e desinfecção específica. Estes aparelhos não podem ser esterilizados pelos métodos clássicos. Atualmente todos os aparelhos são imersíveis em água e permitem um tratamento adequado de desinfecção. Por sua complexidade, o processo de limpeza e desinfecção de endoscópios não é somente uma preocupação da enfermagem, ela se tornou multidisciplinar, pois exige discussão sobre riscos físicos, biológicos e químicos, tanto para o paciente quanto para a equipe, exige avaliação dos materiais disponíveis e custos para a empresa de assistência à saúde.
LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO.
CONCEITOS
De acordo com a classificação de Spaulding os endoscópios são classificados em materiais semicríticos, pois entram em contato com mucosa não-estéril ou não-intacta. O processo necessário é a desinfecção de alto-nível. Os endoscópios são termo sensíveis, não permitindo uso em autoclave. Podem ser esterilizados em óxido de etileno, mas seu processo é inviável, considerando o tempo de ausência do aparelho no serviço de endoscopia (processo de 72h).
Conforme a Resolução/ANVISA-RE nº2. 606(11/08/2006), Limpeza: Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, com consequente redução de carga microbiana. Deve preceder os processos de desinfecção ou esterilização. Desinfecção: Processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies. Esterilização: Processo físico ou químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos microbianos.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE APARELHOS ENDOSCÓPICOS
DEFINIÇÃO DO PROTOCOLO
Conjunto de etapas que permitem a destruição de microrganismos do material de endoscopia (endoscópios e acessórios).
OBJETIVO
Evitar a transmissão de cruzada de microrganismos aos pacientes por ocasião da endoscopia digestiva ou brônquica.
INDICAÇÃO
Antes e após cada procedimento. A prática de desinfecção antes do primeiro exame ainda é indicada, mas já vem sendo questionada em diferentes países.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Para o profissional: luvas, máscara, óculos e avental.
2. Para teste de vedação: testador de vedação automático ou manual.
3. Para a limpeza: detergente enzimático, água corrente, cubas, escova para canal, pano macio, seringas e válvulas de irrigação dos diferentes canais.
4. Para desinfecção: cuba com solução desinfetante, seringa e válvulas de irrigação dos diferentes canais.
5. Para enxágue: água corrente, cuba com água e válvulas de irrigação dos diferentes canais, seringa.
6. Para secagem: ar comprimido, pistola de sob pressão, pano de tecido macio.
LIMPEZA
A presença de fezes, sangue ou secreção respiratória pode resultar em falha no processo de desinfecção. Isto devido ao material orgânico proteger os microrganismos da exposição ao desinfetante ou por inativar o desinfetante. Consequentemente, a limpeza rigorosa é necessária nos endoscópios flexíveis. Deve acontecer imediatamente após o término do procedimento na sala, para evitar ressecamento de secreções.
As etapas estão descritas a seguir;
1. Ainda na sala do procedimento, imediatamente ao ser retirado do paciente, com o aparelho conectado na fonte de luz, aspira-se água, detergente enzimático e novamente água para limpeza do excesso de secreção no canal. Lava-se com esponja macia com sabão enzimático o tubo de inserção retirando o excesso de secreção. Enxaguar depois.
2. O canal de ar/água é acionado, alternadamente por 15 segundos, prevenindo a obstrução deste canal. Alguns aparelhos possuem uma válvula acionada.
3. Retira-se o aparelho da fonte elétrica, conectando a seguir a tampa de proteção da parte elétrica.
4. O aparelho é levado para a sala de desinfecção, protegido para evitar manuseios indevidos.
5. Realiza-se o teste de vedação após cada procedimento, antes de imergir o aparelho na solução.
TESTE DE VEDAÇÃO
1. O testador de vedação ao aparelho é adaptado:
2. O aparelho é colocado na água imergindo a extremidade distal do aparelho, observando a formação de bolhas.
3. Imerge-se lentamente, aos poucos, o aparelho, até que todo ele fique imerso.
4. São realizados movimentos “acima’’, ” abaixo’’, “direita” ’e ’’esquerda ’’, observando a formação de bolhas ou queda de pressão no manômetro.
5. Caso o aparelho apresente algum vazamento ou escape de ar, não prosseguir o processo de limpeza, pois a imersão em água ou solução desinfetante pode infiltrar no aparelho, danificando-o, deve ser colocado na maleta e encaminhado para a assistência autorizada, com aviso de que este não sofreu processo de desinfecção.
6. Se o aparelho estiver íntegro, o processo de desinfecção deve ser continuado.
REPROCESSAMENTO DOS TUBOS ENDOSCÓPICOS
Os aparelhos são submetidos à rigorosa desinfecção conforme as normas técnicas exigidas após cada procedimento, sendo esta uma preocupação constante para se evitar transmissão de doenças infecciosas. O reprocessamento de escolha no CENTRO DE ENDOSCOPIA DE SÃO CARLOS S/S é o automatizado. A seguir serão descritos tanto o procedimento de desinfecção manual quanto o automatizado.
DESINFECÇÃO MANUAL
A.SABÃO ENZIMÁTICO
1. O aparelho é imergido totalmente em detergente enzimático, obedecendo às instruções do fabricante para uso adequado da solução.
2. As válvulas são retiradas, imergidas em solução enzimática e escovadas.
3. Lava-se externamente o aparelho, comando e tubo com compressa macia ou esponja.
4. A escova de limpeza é introduzida no canal de biópsia até a saída na porção distal e é realizada a escovação.
5. Introduz-se a escova de limpeza em ângulo de 45º através do canal de aspiração até a saída na porção distal do tubo.
6. Introduz-se a escova de limpeza através do canal de aspiração em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo conector.
7. Realiza-se a limpeza da escova novamente antes de tracioná-la.
8. Escova-se o local das válvulas com escova própria.
9. Os canais são enxaguados, utilizando os acessórios do aparelho fornecidos pelo fabricante para proceder a lavagem e desinfecção, utilizando baixa pressão.
10. Enxagua-se em água corrente abundante. É realizada secagem externa e o aparelho é escorrido ao máximo antes de colocar o aparelho em solução desinfetante.
B.ANTISEPTICO
1. Imerge-se totalmente o aparelho na solução desinfetante a base de glutaraldeído tamponado ou ortoftaldeído (OPA) e introduz-se solução nos canais com auxílio de uma seringa.
2. O tempo para imersão na solução é cronometrado, de acordo com a especificação do fabricante do desinfetante. Devem-se utilizar somente soluções com registro na Divisão de Saneantes do Ministério da Saúde.
3. Após retirar o aparelho do desinfetante, o mesmo é lavado em água corrente abundante.
4. Realiza-se enxágue dos canais com água em abundância (mínimo de 5 vezes com auxílio de seringa).
5. O tubo é secado com pano macio.
6. Seca-se os canais com ar comprimido sob baixa pressão.
7. Realiza-se rinsagem com álcool 70% (P/V) nos canais, seguida de nova secagem de lúmen com ar comprimido, ao final do período de trabalho. Este processo auxilia na secagem do canal, evitando a formação de biofilme.
8. Aplica-se óleo silicone nos anéis de borracha das válvulas.
9. Os endoscópios são armazenados em armários ventilados, de fácil limpeza, em temperatura ambiente, evitando umidade e calor excessivo, na posição vertical, com o cuidado de não tracionar o cabo do tubo conector.
DESINFECÇÃO AUTOMATIZADA
O reprocessamento do típico físico-químico realizado pela REPROCESSADORA AUTOMATICA proporciona a limpeza e a desinfecção automatizadas do endoscópio por meio da imersão total dos tubos flexíveis em detergente diluído e desinfetante de alto nível para desinfecção dos canais internos e superfícies externas dos endoscópios. Permite a realização das seguintes etapas do reprocessamento dos endoscópios: “leaking test” (teste de fuga ou teste de infiltração), limpeza com detergente enzimático, desinfecção de alto nível, enxágue e secagem. Permite a programação do ciclo de reprocessamento. Pode ser utilizada com desinfetantes a base de glutaraldeído tamponado ou ortoftaldeído (OPA). Permite a programação da validade do saneante por data ou número de ciclos. Dilui automaticamente o detergente enzimático. Homogeneíza automaticamente o saneante. Neutraliza e descarta automaticamente o saneante. Seca os canais internos do endoscópio. Emite alarmes e registra falhas durante o processo. Auto desinfecção. Garante a exposição de todos os canais internos e superfícies externas do endoscópio ao desinfetante de alto nível. Reduz o contato do profissional com os agentes químicos. Previne danos e evita a manutenção dos endoscópios. Reduz a toxidade causada pelos produtos químicos. Atende à RDC Nº6, de 1º de março de 2013, da ANVISA: ART. 41 – A limpeza dos produtos para a saúde com conformações complexas deve ser precedida de limpeza manual e complementada por limpeza automatizada em lavadora ultrassônica ou outro equipamento de eficiência comprovada
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
Temperatura: 10 a 40º
Umidade: Seca
Pressão: 70 a 106 kPa (dentro da faixa de pressão atmosférica)
Local: Limpo e não exposto à luz solar direta
Estado do Endoscópio: Reto, ao invés de angulado. Local não afetado por forças externas. Pendurado com a seção de controle para acima
Retirar as válvulas para permitir ventilação enquanto estocado. Não armazenar na maleta. Esta é somente para transporte do aparelho.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS ACESSÓRIOS AUTOCLAVÁVEIS
Inicialmente é realizada a lavagem em água corrente para a retirada de possíveis secreções e tecidos. O acessório é, então, lavado com detergente enzimático e enxaguado com água corrente. No caso de o acessório ter um canal, como na alça de polipectomia, o acessório é desmontado. A parte metálica sofre a mesma sequência anterior com água, detergente e água. No canal sintético é injetada água, detergente enzimático e água. Na sequência os acessórios são imergidos em peróxido de hidrogênio a 3% em recipiente fechado e protegido de luz, para que as sujidades menores se soltem. A seguir são colocados em lavadora ultrassônica com água morna ou sabão enzimático em temperatura ambiente. São retirados e passam por secagem. São empacotados e são esterilizados em autoclaves.
TRANSPORTE DO APARELHO PARA OUTRAS ÁREAS
É comum a realização de exames fora da unidade de endoscopia em UTI ou emergência. Cuidados especiais para transporte deste aparelho devem ser considerados, pois os pacientes não podem correr riscos de contaminação exógena. Ao levar o aparelho para áreas externas a unidade de endoscopia, este deve ser levado na maleta, protegendo contra riscos de queda. Para colocar na maleta este deve ser protegido com plástico limpo, pois a maleta é considerada contaminada. Este procedimento auxilia para o retorno do aparelho para a unidade de endoscopia onde será realizada a desinfecção deste. O aparelho após o uso poderá ser colocado sujo no plástico para então ser colocado na maleta, evitando contaminação desta.
ANTES DO USO DO APARELHO:
1. Comprova-se que os freios não se encontram bloqueados.
2. Os comandos de angulação são checados para verificar se estão funcionando corretamente e que os graus de angulação são apropriados.
3. Os freios são acionados para comprovar o correto funcionamento.
4. Pressiona-se a válvula de ar/água para comprovar a irrigação.
5. Pressiona-se a válvula de sucção para verificar seu correto funcionamento.
6. Verifica-se a imagem.
SOLUÇÕES QUÍMICAS UTILIZADAS NA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
LIMPADORES ENZIMÁTICOS
A solução adequada do detergente está diretamente relacionada com o conhecimento de seus princípios ativos e sua ação, de acordo com as características do material a ser lavado. Com relação aos detergentes enzimáticos trata-se de substâncias químicas que têm propriedade de tornar solúveis em água substâncias que não são solúveis ou têm baixa solubilidade. Eles agem não somente sobre gorduras, como também sobre proteínas e açúcares, que são componentes abundantes na matéria orgânica, uma vez que as enzimas têm a propriedade de promover quebra das ligações das matérias orgânicas. Tais transformações ocorrem de forma semelhante ao processo de digestão de alimentos em nosso organismo, pela decomposição das estruturas moleculares complexas das substâncias biológicas, só que de forma mais rápida. As enzimas mais utilizadas são as proteases (degradação das proteínas), amilases carboidrases (digestão de matéria orgânica, sintetizada a partir de açúcares) e lípases (responsável pela degradação das gorduras). Elas são obtidas atualmente por engenharia genética, tendo como matéria prima bactérias, fungos e outros microrganismos. São biodegradáveis, neutros, concentrados, não oxidantes, com ação bacteriostática e, portanto, não promovem desinfecção.
Para uso eficaz do produto é importante respeitar a orientação do fabricante, especialmente quanto à diluição e temperatura ótima da água.
DESINFETANTES
Um grande número de desinfetantes é usado em hospitais. A seleção apropriada deste deve ser cuidadosa e sua utilização deve ser segura e eficiente. Deve ser lembrado que os gastos excessivos podem ser atribuídos ao uso de concentrações incorretas e germicidas inapropriados. (RUTALA, 1996). Os desinfetantes utilizados no CENTRO DE ENDOSCOPIA DE SÃO CARLOS S/S são o ortoftalaldeído (OPA) ou o glutaraldeído tamponado (Steranios).
ORTOFTALALDEÍDO (OPA)
A Solução OPA é um desinfetante de alto nível para o reprocessamento de artigos odonto-médico-hospitalares sensíveis ao calor. A solução não necessita ativação, tem pH na faixa dos 7,5, coloração azul claro e odor suave. Não possui surfactantes o que o torna seguro para a desinfecção de alto nível de equipamentos que possuam lentes. O produto possui registro na ANVISA desde 30 de junho de 2008, sob o número 25351.001678/2008-16, sendo comercializado em galões de 3,785 litros. O princípio ativo deste desinfetante é o ortoftalaldeído, presente no produto numa concentração de 0,55%. O ortoftalaldeído é um dialdeído em forma aromática (diferente do glutaraldeído, que possui cadeia aberta) que possui rápida ação com matéria proteica e evidencia sua presença. De acordo com a Portaria 15 (MS) de 1988, são necessários testes que comprovem a eficácia microbicida de um desinfetante de alto nível contra diferentes tipos de microrganismos para seu registro. Portanto, todos desinfetantes de alto nível para artigos hospitalares devem possuir ação comprovada contra:
-Microrganismos vegetativos: Staphylococcus aureus, Salmonella choleraesuis, Pseudomonas aeruginosa, Mycobacterium bovis e Mycobacterium smegmatis.
-Fungos: Trichophyton mentagrophytes.
Além destes microrganismos, estudos publicados em periódicos apresentam a eficácia do OPA contra o vírus da hepatite B e C
A Solução OPA demonstrou eficácia mesmo na presença de contaminação por 5% de material orgânico e carga microbiológica durante a reutilização. A Solução OPA apresenta-se na faixa de 7,2 a 7,8, o que o torna compatível com diversos materiais. O pH nominal é de 7,5.
A solução encontra-se pronta para uso no interior do galão. Basta romper o selo metálico de proteção e colocar a solução em uma bandeja que contenha tampa e seja opaca. Caso o conteúdo do galão não seja utilizado neste primeiro uso, a solução que restou no galão poderá ser utilizada em até 75 dias.
OPA destina-se ao uso em sistemas manuais (bandejas e recipientes) feitos de polipropileno, acrilonitrilobutadienoestireno (ABS), polietileno, polipropileno preenchido com vidro e/ ou plásticos de policarbonato. OPA não deve ser colocado em recipiente metálico. OPA também pode ser utilizada em reprocessadores endoscópicos automatizados de acordo com as instruções do fabricante. O prazo de validade do frasco selado é de dois anos a partir da data de fabricação. Depois de aberto, a solução que restar no frasco poderá ser armazenada durante um período máximo de 75 dias até ser utilizada (desde que os 75 dias não ultrapassem o prazo de validade do produto indicada no frasco). A solução pode ser reutilizada por um período máximo de 14 dias, desde que a concentração de ortoftalaldeído atinja o mínimo de 0,3 % (Concentração Mínima Efetiva) e não haja formação de precipitado na solução.
A solução pode ser monitorada a cada utilização com Tiras de Teste de OPA para verificar se a Concentração Mínima Efetiva de 0,3% é atingida. Cada fita deve permanecer imersa na solução a ser testada por 1 segundo, retirada e a respectiva leitura feita em 90 segundos. Não realize leituras após os 90 segundos, pois o produto não foi dimensionado para manter a mesma coloração obtida nos 90 segundos.
De acordo com a seção de toxicidade da FISPQ (ficha de informações de produtos químicos, seguindo o formato NBR 14725) a Solução OPA não foi reportada como mutagênica, teratogênica, tóxica para embriões ou causadora de efeitos na reprodução humana. Para maiores informações, um obstetra/ginecologista deve ser consultado.
A Solução OPA deve ser armazenada no seu recipiente original, sem que o lacre seja rompido em uma sala com temperatura controlada 15 – 30º C em área bem ventilada e de pouco movimento. Nestas condições o produto apresenta 2 anos de validade.
A Solução OPA não deve ser utilizada para reprocessar instrumentos para pacientes com sensibilidade conhecida à Solução OPA ou a qualquer um dos seus componentes.
A Solução OPA é comercializada pela ASP Johnson & Johnson desde 2000 e possui aprovação pelo FDA para comercialização nos Estados Unidos da América, desde 1999. Os instrumentos médicos devem ser primeiro limpos exaustivamente de acordo com um padrão ou protocolo de limpeza validado, conforme indicado pelo fabricante do instrumento. Enxaguar completamente e retirar o excesso de água de todas as superfícies e lúmenes dos instrumentos que foram limpos. Mergulhe o instrumento na Solução OPA preenchendo todos os lúmenes e eliminando bolsas de ar, mantendo-o totalmente submerso durante o período definido pela instituição para execução da desinfecção de alto-nível. Retire o instrumento da solução e irrigue exaustivamente mergulhando-o completamente em um grande volume de água limpa por pelo menos um minuto. Este enxague em água limpa deve ser repetido três vezes em recipientes distintos. Secar o instrumento. Dispositivos médicos destinados a serem utilizados em uma área estéril do organismo não devem ser processados com a Solução OPA, pois necessitam ser submetidos a processo de esterilização. Estudos comprovam a eficácia da desinfecção de alto nível realizada através da imersão em ortoftalaldeído a 20°C por 5 minutos, conforme utilização na Europa. Consulte a legislação de seu país, pois apesar da comprovação de eficácia em 5 minutos a 20°C ser observada em estudos científicos, a legislação local pode trazer uma recomendação específica acerca do tempo de imersão.
No Brasil, a Portaria 15/88 estabelece o tempo de contato de 30 minutos para todos os desinfetantes de alto nível, independentemente do princípio ativo contido na solução desinfetante.
Para a manipulação de qualquer solução química desinfetante são recomendados o uso de gorro, protetores para os olhos e a face, avental impermeável que proteja a pele dos braços e impeça a passagem de eventual solução química para a roupa do colaborador e luvas. A ASP recomenda usar luvas duplas quando da opção por luvas de látex, devido às características das mesmas, como forma de possuir uma margem de segurança adicional, ou a troca frequente (depois de 10 minutos de exposição) das mesmas. Para indivíduos que possuam alergia ao látex são recomendadas luvas de borracha sintética (nitrílica ou butílica) quando do uso da Solução OPA.
Pode-se utilizar Glicina (base livre) como neutralizante para a Solução OPA antes do descarte. Devem utilizar-se, no mínimo, 25 gramas de glicina (base livre) para neutralizar 3,78 litros de Solução OPA (um galão). O período mínimo recomendado para neutralização é de uma hora. O descarte do material neutralizado deve ser feito de acordo com as normas locais. O colaborador deve sempre utilizar os equipamentos de proteção individual enquanto estiver manipulando qualquer derramamento da Solução OPA. Recolher o líquido espalhado com esponja, mop ou pedaço de tecido e colocar o líquido recolhido em um recipiente plástico. Acrescentar 25 gramas de glicina para cada galão estimado de derramamento e aguardar 1 hora para a neutralização. A área onde houve o derramamento deve ser limpa com água e sabão e enxaguada. A esponja, mop ou pedaço de tecido utilizado na retirada deste derramamento devem ser enxaguados e a água decorrente deste enxague pode ser descartada diretamente no ralo juntamente com água. Lave e enxague o recipiente onde o derramamento foi recolhido e proceda também limpeza e enxague exaustivos deste item. Na reprocessadora Endoclear ALX1012-DL antes do descarte do OPA deve-se obrigatoriamente realizar o processo de “Auto Desinfecção” do equipamento, utilizando 12 litros de Hipoclorito de Sódio na proporção de 1%.
GLUTARALDEÍDO TAMPONADO A 2% (STERANIOS)
Indicação: Desinfecção de alto nível para equipamentos endoscópicos.
Características:
• Conservação da solução por 30 dias, monitorada por fita teste compatível
• Solução límpida de cor verde.
• Ativo sobre Helicobacter pylori.
• Solução de Glutaraldeído a 2% tamponado (Citrato de sódio) em pH6
• STERANIOS 2% é formulado com componentes que limitam e controlam a evaporação do glutaraldeído.
• Atividade de redução de esporos
• Ampla compatibilidade com todos os tipos de materiais
• Validade do produto: 2 anos a partir da data de fabricação.
• Utilizado em associação a qualquer tipo de produto de limpeza pré-desinfetante.
Composição:
STERANIOS 2% é uma solução de glutaraldeído a 2% (expressa em matéria ativa a 100%) tamponada em pH6, em presença de um catalisador de efeito sobre a tensão superficial da solução.
Cuidados para o uso:
Não inalar os vapores, evitar derramamento do produto sobre a pele ou contato nos olhos. Fechar bem depois de usar e seguir as demais orientações constantes na rotulagem, de acordo com a RDC 35/2010.
Armazenagem:
Mantenha longe de umidade e de fontes de ignição, em áreas bem ventilada, numa temperatura aproximada da +5°C e +35°C.
Dispositivo médico da classe IIb (Directiva 93/42/CEE alterada).
Propriedades microbiológicas comprovadas por laboratório habilitado na rede REBLAS/ANVISA.
PROPRIEDADES MICROBIOLÓGICAS | ||
Ativo sobre | Normas | Tempo de contato |
Bactérias | EN 1040, EN 13727, EN 14561 | 5 minutos |
Helicobacter pylori | 10 minutos | |
Micobactérias | EN 14348 (M. terrae, M. avium), | 10 minutos |
EN 14563 (M. terrae, M. avium), | ||
M. massiliense | ||
Leveduras/ Fungos | EN 1275, EN 13624, EN 14562 | 10 minutos |
Vírus | EN 14476 (Poliovírus, Adenovírus) | 10 minutos |
HIV-1, HBV, Herpes vírus, BVDV | 5 minutos | |
(vírus modelo HCV) | ||
Esporos | Bacillus subtilis e Clostridium | 10 minutos |
Sporogenes | ||
Segundo RDC 35/2010 | ||
O Covid – 19 é um beta coronavírus para o qual agora precisamos tomar medidas para conter efetivamente esse vírus. Os Corona vírus geralmente são considerados de baixa resistência à desinfecção, o que é semelhante a bactérias. A maioria dos produtos desinfetantes, quando usados com eficiência, deve ser capaz de remover a contaminação potencial dos vírus das mãos e superfícies. Para cada formulação o requisito mínimo para uma desinfecção é uma aplicação para a EN 14476: 2013 + A2 2019 ou EN 14476: 2013 + A1 2015 (produtos para as mãos) contra o vírus vaccínia (em menos de 2 minutos para produtos para as mãos e menos de 5 minutos para produtos de superfície). Isso abrange todos os vírus envelopados, incluindo todos os Corona vírus. Os produtos, atualmente, com pelo menos uma atuação antibacteriana suportada, devem ser capazes de passar por esse padrão. Uma aplicação contra a EN 14476: 2013, EN 14476: 2013 + A1 2015, EN 14476: 2013 + A2 2019 para atividade viricida de espectro limitado ou atividade viricida completa permite uma atuação contra o Covid – 19. A atuação contra a EN 16777: 2018 apoia totalmente essas afirmações. A atuação contra a EN 14675: 2015 também dá confiança em uma reivindicação de eficácia contra esse vírus. A atuação contra um vírus substituto do vírus Wuhan, idealmente outro beta coronavírus para o ASTM E1052-11 ou ASTM E1053-97 (2002), também é a base de uma reivindicação. O Laboratório “BluTest” (Escócia) estabeleceu uma via rápida para testar produtos conforme o vírus vaccínia EN 14476: 2013 + A2 2019 para permitir ligação da eficácia contra o Covid – 19. Além disso, podem testar contra o beta coronavírus substituto intimamente relacionado, o vírus da hepatite de camundongo, conforme a EN 14476: 2013 + A2 2019 ou ASTM E1052 / E1053. (Fonte: Laboratório Blu Test)
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DE PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO
ENDOSCÓPIO
Este processo auxilia como um “check-list” para o profissional da enfermagem que realiza a desinfecção dos aparelhos na unidade de endoscopia. É uma proposta da SOBEEG para auditoria nos serviços de Endoscopia, em busca da garantia e segurança do usuário. Convencionado pela SOBEEG que deverá ser realizada uma observação no mínimo a cada seis meses, aproximadamente, por profissional que não realiza normalmente esse procedimento, através da planilha. A instituição deve planejar a observação de tal modo e evitar o máximo possível que o observado mude o comportamento frente ao observador. A SOBEEG desaconselha medidas punitivas frente às falhas nos procedimentos e recomenda treinamento sistemático, no mínimo anual e quando forem observadas inconformidades no processo. A mesma planilha utilizada pelo observador externo deve ser preenchida sistematicamente pelo profissional responsável pelo procedimento, assim como pelo enfermeiro. A mesma deve acompanhar o aparelho até seu uso. Deve ser registrado o nome do paciente e o procedimento realizado e então arquivada.
PLANILHA PARA ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE HIGIENE E LIMPEZA DOS
ENDOSCÓPIOS
Procedimento observado Conformidades (OK) observações
Responsável
1. Na própria sala: imediatamente ao ser retirado do paciente, com o aparelho conectado na fonte de luz, a água é aspirada com detergente enzimático para limpeza do excesso de secreção no canal.
2. É retirado excesso de secreção com compressa.
3. É acionado canal de ar e de água, alternadamente.
4. É desconectado da energia e colocada a tampa de proteção da parte elétrica antes do início da desinfecção.
5. Testador de vedação é adaptado.
6. O aparelho é submergido na água, iniciando pela extremidade distal.
7. São realizados os movimentos acima, abaixo, a esquerda e a direita.
8. São observados sinais de vazamento ou escape de ar.
9. O aparelho é submergido em detergente enzimático.
10. As válvulas são removidas e submersas em solução enzimática.
11. As válvulas são escovadas.
12. O aparelho é lavado externamente (comando e tubo).
13. É introduzida a escova de limpeza no canal de biópsia até a saída na porção distal. A escova é escovada ao sair na outra extremidade antes de tracioná-la.
14. É introduzida a escova de limpeza em ângulo de 45º através do canal de aspiração até a saída na porção distal do tubo.
15. É introduzida a escova de limpeza através do canal de aspiração em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo conector.
16. É realizada a limpeza da escova novamente antes de tracioná-la.
17. Os acessórios utilizados são os fornecidos pelo fabricante do aparelho.
18. É enxaguado em água corrente abundante.
19. É secado externamente.
20. É deixado escorrer até não mais observar saída de água.
21. É imerso completamente o aparelho na solução desinfetante.
22. O desinfetante é introduzido nos canais com auxílio de uma seringa.
23. O tempo para imersão no desinfetante respeita o tempo exigido pelo fabricante.
24. O aparelho é retirado do desinfetante e lavado em água corrente abundante.
25. É realizado enxágue dos canais com água em abundância com auxílio de seringa.
26. O tubo é seco externamente com pano macio.
27. Ar comprimido é aplicado para secagem dos canais.
28. É realizada rinsagem com álcool 70% nos canais, seguida de nova aeração com ar comprimido.
29. É aplicado óleo silicone nos anéis de borracha das válvulas.
30. Armazenado sem válvulas.
Recomendações adicionais:
Manter planilhas de controle de temperatura e umidade no local de armazenamento dos aparelhos.
Manter planilhas de controle de tratamento dos aparelhos e dos testes de validade do desinfetante.
REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICOS
Os materiais de uso único não são reprocessados.
FICHA DE AVALIAÇÃO DE REUSO DE MATERIAIS PERMANENTES
Material: ____________________________________________________________________
Marca: ______________________________________________________________________
Antes de enviar para esterilização, avalie o produto conforme os critérios abaixo. Após preenchimento entregar a folha para a enfermeira do turno.
Número da reesterilização:
Integridade
1. O material apresenta ranhuras?
2. Ficou com dobraduras?
3.Apresenta oxidação (ferrugem)?
4. Soltaram fio, fiapos, outros?
Funcionalidade
5. Apresenta dificuldade de: – Abertura?
6. Apresenta dificuldade de: – Fechamento/enlaçamento?
7. Funciona pior que no 1º uso?
8. Perdeu parte da estrutura?
9. Apresenta tortuosidades?
Estocagem
10.É difícil adaptar na pistola/látex
Secagem no ar comprimido?
11. É difícil para secar? (Muito longo, estreito, outro)
12. Tempo para secar, mais de 24 horas?
Qual item determinou o descarte?
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BIOSSEGURANÇA
Biossegurança, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é “o conjunto de ações voltada para prevenção, minimizando ou eliminação de riscos inerentes a atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos serviços desenvolvidos”. Basicamente, as normas de Biossegurança englobam todas as medidas para evitar os riscos, sejam eles biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e psicológicos.
A Biossegurança não se limita hoje mais apenas a controle de riscos biológicos ou químicos ao trabalhador, mas uma grande preocupação é quanto a liberação de produtos perigosos no meio-ambiente, como os resíduos de serviço de saúde. A RDC/ANVISA nº306/04, dispõe o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço se saúde.
As unidades de endoscopia digestiva realizam procedimentos de cunho semicríticos e críticos, com potencial de contaminação, sendo necessário que os trabalhadores de saúde tenham como prioridade a segurança para realizar os procedimentos, práticas efetivas e constantes para prevenir, minimizar a disseminação das doenças e a proteção dos produtos químicos utilizados nos processos de desinfecção/esterilização.
As Precauções Padrão, estabelecidas pelo CDC-Centro de Controle de Doenças de Atlanta, são as recomendações básicas para seguranças da equipe e paciente. Estas incluem o uso de barreiras (equipamentos de proteção individual) e lavagem de mãos, toda vez que houver possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções e fluidos corporais (exceto suor), pele não íntegra e membranas mucosas de todos os pacientes. Além disso, são recomendadas precauções específicas, como as com aerossóis, ao lidar com pacientes suspeitos ou portadores de sarampo, varicela ou tuberculose pulmonar, sendo que a máscara recomendada é do tipo N 95, com filtro, conhecida no Brasil como PFF2. As precauções de contato, ao lidar com pacientes portadores de germes multirresistentes, e precauções com gotículas, com pacientes portadores de doença Meningocócica, têm igualmente cuidados especiais.
Os EPls (equipamentos de proteção individual) e EPCs (equipamentos de proteção coletiva) destina-se a proteger os profissionais durante o exercício de suas atividades, minimizando o risco por contato com sangue e outros fluídos corpóreos, bem como o manuseio de germicidas químicos.
A portaria nº485 de 11/11/2005 do ministério do Trabalho aprovou a Norma Regulamentadora (NR32) que trata da Segurança e Saúde no trabalho dos estabelecimentos de saúde. Esta NR atualmente é a que define quais as diretrizes básicas de segurança dos trabalhadores de saúde.
São exemplos de EPls os óculos de proteção, máscaras, luvas, aventais, e sapatos fechados. São exemplos de EPCs as caixas de perfuro cortantes, o sistema de exaustão e ventilação.
As medidas de segurança do trabalhador incluem as imunizações, especificamente de hepatite B e tétano para toda a equipe.
O manejo adequado e destino dos resíduos sólidos devem ser controlados, de forma a preservar a segurança de equipe e paciente, bem como do ambiente. O uso de caixas ou recipientes específicos para perfuro cortantes devem ser trocados sempre que ¾ de sua capacidade estiver ocupada, de forma a não ocorrer perfuração acidental. Agulhas e materiais pontiagudos não devem ser reencapados.
O uso de radiações ionizantes em alguns procedimentos endoscópios como a CPER (Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada), por exemplo, demandam o uso de EPI adequado, como os aventais de chumbo e protetores de tireoide, além de óculos plumbeados, bem como a monitorização periódica dos dosímetros de cada funcionário. Um protocolo na Instituição sobre controle de saúde periódico do trabalhador e controle da exposição é obrigatório.
USO DOS EPIs NAS DIFERENTES ETAPAS DO PROCESSO:
Óculos
Luvas
Máscara de procedimento
Máscara de Carvão Ativado
Avental Manga Longa
Avental Plástico
Sapatos fechados
Dosímetros *
Avental de chumbo *
Protetor de tireoide c/ chumbo *
*Quando em procedimento com uso de RX.
Dentre os EPCs recomendados, estão a ventilação adequada da sala de limpeza e desinfecção, devido à formação de vapores e a inalação de produtos tóxicos. Além disso, pisos laváveis, equipamentos aterrados são também medidas de segurança coletivas, dentre outras.
PCMSO
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional do Centro de Endoscopia é feito pelo Departamento de Saúde Ocupacional da Unimed São Carlos que avalia os Riscos Ocupacionais e desenvolve um Programa de Prevenção.
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ACIDENTES OCUPACIONAIS
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS
OBJETIVO
Registrar, analisar e promover o acompanhamento dos acidentes ocupacionais perfuro-cortantes que poderão gerar riscos de aquisição de doenças transmissíveis por esta via.
METODOLOGIA
1. Através do registro imediato do acidente, recomenda-se, baseado em sua gravidade e tipo de exposição, o uso de profiláticos na forma de imunização passiva e ativa, bem como utilização de medicamentos específicos.
2. Doenças com acompanhamentos:
– Hepatite viral tipo B;
– Hepatite viral tipo C;
– Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA).
INTEGRAÇÃO DOS ENVOLVIDOS
Chefias de Enfermagem
Médicos plantonistas do Pronto Atendimento
Funcionário acidentado
Escritório responsável pelo Departamento Pessoal
FLUXOGRAMA NOS ACIDENTES OCUPACIONAIS
OCORRÊNCIA DO ACIDENTE:
-Comunicação à chefia imediata
CONDUTA:
-A chefia responsável ira comunicar o acidente ao médico plantonista do Pronto Atendimento, e este avaliará o caso, tomando a conduta necessária com abertura do Registro de Acidente Ocupacional e CAT.
-Quimioprofilaxia de acordo com as normas da vigilância epidemiológica.
-Pegar na farmácia da referência pública mediante pedido preenchido.
–Após a conduta médica o funcionário aguardará os resultados dos exames, seguindo as orientações médicas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Manual de Rotinas e Procedimentos do Centro de Endoscopia de São Carlos deve ser seguido por todos os profissionais do Serviço, sendo que cada um, seja médico, profissional de enfermagem ou do serviço de apoio, é responsável pelos seus atos. Este Manual estará disponível no Serviço e no site para acesso pelo paciente e poderá servir de modelo para outros Serviços.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Endoscopia gastrointestinal terapêutica SOBED – São Paulo – Tecmedd, 2006.
2. SILVA, O.F., Exame de Broncoscopia – Manual de orientação ao paciente, Centro de Tratamento e Pesquisa do
Hospital do Câncer – A.C.Camargo, EPS Design, 2001, São Paulo.
3. SOBEEG SbdEeEG, Ministério da Saúde, ANVISA. Manual de limpeza e desinfecção de aparelhos endoscópicos. 2007.
4. RDC nº 6 de 1º de março de 2013
5. Tabela – Drogas antitrombóticas, risco do procedimento e risco do evento tromboembólico – Comissão científica da SOBED 2017-2018 – Adaptado de ASGE Standards of Practice Committee GIE 2016; 83(3): 678
6. Roberts CG, Chan-Myers HB, Favero MS. Virucidal activity of orthophthalaldehyde solutions against hepatitis B and C viruses. Am J Infect Control. 2008 Apr;36(3):223-6
7. AW Gregory – ICHE – 1999 – The mycobactericidal efficacy of OPA and the comparative resistances
8. T Akamatsu – JIMedical Research – 2005 – Evaluation of the antimicrobial activity OPA.
A Solução OPA mostrou-se eficaz em tempo mais rápido que o glutaraldeído (4 vezes mais rápido) e inclusive contra cepas de Mycobacterium resistentes a este desinfetante:
9. Alfa and Sitter, 1994. OPA eliminou todos os microrganismos de 100 diferentes tipos de endoscópios utilizados em clínica;
10. Gregory et al, 1999. OPA atingiu uma redução de 6 log10 de M. bovis em 5.5 min comparado aos 32 min do GTA,
11. Walsh et al, 1999. OPA effective contra GTA resistentes a cepas de M. chelonae
– M. chelonae (Epping) Russell, 1999
12. http://www.sbmdn.org.br/manometria-anorretal/; 2020
13. http://www.gastromed.com.br/; 2020