Centro de endoscopia

Broncoscopia

Broncoscopia

A endoscopia respiratória, muito conhecida pelo nome “broncoscopia” é um procedimento que permite a visualização das vias aéreas (fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia e brônquios) com auxílio de um instrumento chamado broncoscópio, auxiliando no diagnóstico preciso de eventuais alterações na anatomia e diversas doenças (tumores, infecções, estenoses, corpos estranhos e outras).

Dependendo da doença, a broncoscopia permite a realização de biópsias do pulmão (biópsia transbrônquica ou endobrônquica) e coleta de secreção (lavado bronco alveolar ou brônquico) que são enviados para análise laboratorial.

O procedimento é sempre realizado por um médico especialista auxiliado por uma equipe de enfermagem.

Alguns casos podem necessitar de anestesia geral que será realizada pelo médico anestesista.

Dúvidas Frequentes

Existem diversos motivos para que um paciente seja submetido à broncoscopia.

Estão listados abaixo a maioria das indicações tanto para pacientes ambulatoriais quanto para pacientes que estão internados.

Inspeção das vias aéreas

1. – Tosse persistente apesar de tratamento adequado
2. – Hemoptise (sangramentos) tosse com sangue, escarro com sangue
3. – Atelectasia persistente
4. – Falta de ar persistente
5. – Estridor laríngeo (respiração ruidosa)
6. – Rouquidão
7. – Suspeita de comunicações patológicas entre a via respiratória e a via digestiva (fístula traqueo-esofágica)
8. – Trauma de tórax
9. – Suspeita de aspiração de corpo estranho

Avaliação funcional da laringe

1. – Pesquisa de problemas na movimentação das pregas vocais
2. – Teste de deglutição e pesquisa de aspiração
3. – Ronco e apneia do sono

Coleta de material (biópsia e lavado bronco alveolar)

1. – Tumores (Nódulos ou massas no pulmão)
2. – Doença intersticial pulmonar
3. – Avaliação de pacientes com transplante pulmonar
4. – Pneumonia recorrente
5. – Pneumonia hospitalar
6. – Pneumonia em pacientes com baixa imunidade

Unidade de terapia intensiva

1. – Auxílio à intubação
2. – Posicionamento de cânula de traqueostomia ou oro traqueal
3. – Pneumonia em pacientes intubados
4. – Auxílio a traqueostomia
5. – Avaliação de pacientes que sofreram queimaduras
6. – Extubação (via aérea difícil / reintubação recorrente)

Terapêuticas

1. – Aplicação de laser e eletro cautério
2. – Drenagem de abscessos
4. – Dilatação de estenoses
5. – Remoção de corpos estranhos
6. – Tratamento de sangramentos
7. – Fístulas
8. – Aplicação de órteses
9. – Higienização
10. – Remoção de rolhas de secreção

É obrigatório jejum de 8 horas. Em alguns casos específicos o jejum poderá ser menor. O médico explicará as possíveis complicações e o paciente precisa assinar um consentimento para a broncoscopia. Isto é necessário pois todo o procedimento tem riscos e pode apresentar complicações.

A presença de um acompanhante com mais de 21 anos é obrigatória. O paciente receberá sedativos e não poderá dirigir, trabalhar, nem realizar esforços físicos após o procedimento. Levar as radiografias, tomografias e todos os exames mais recentes.

Levar uma lista com todas as medições que o paciente utiliza. Alguns remédios (anticoagulantes) aumentam o risco de sangramento e precisam ser suspensos antes do procedimento (ver tabela). Relatar alergia a quaisquer medicações, incluindo anestésicos.

Avisar se está ou pode estar grávida.

Em alguns casos, o médico pode necessitar de exames antes da broncoscopia, como hemograma completo, exames para coagulação, gasometria e testes de função pulmonar

Alguns pacientes precisarão de anestesia geral realizada pelo médico anestesista.

Na maioria dos casos, o paciente receberá sedação endovenosa e anestesia tópica com lidocaína líquida no nariz, boca e vias aéreas inferiores para evitar dor e tosse.

Serão utilizados sedativos leves. Para administração destes medicamentos será necessário realizar uma punção venosa.

Existem inúmeras medicações, mas as mais utilizadas na sedação são: midazolam e fentanila.

A sedação é bastante segura e permite a realização do exame sem dor e com desconforto mínimo

Não. Broncoscopia é um procedimento seguro e eficaz quando bem indicado e realizado por médico especialista, no entanto, nenhum procedimento está livre de complicações. As principais complicações durante a broncoscopia são raras e incluem:

– Crise de broncoespasmo
– Sangramentos após a biópsia (hemoptise)
– Perfuração da pleura visceral após a biópsia (pneumotórax)

Nestes casos, o paciente poderá ficar internado.

Após a broncoscopia, durante as primeiras 24 horas, pode ocorrer escarro com vestígios de sangue e febre.

O paciente que realizar o procedimento, deverá permanecer em repouso relativo nas primeiras 24 horas e obrigatoriamente retornará ao hospital se:

– Tossir sangue vivo de forma persistente (mais de 1 colher de sopa)
– Apresentar dor no peito ou dificuldade respiratória
– A febre persistir por mais de 24 horas.

O laudo da broncoscopia é realizado logo após o procedimento. Nele constarão os procedimentos realizados e as alterações observadas. O material coletado é enviado para o laboratório para realização de cultura geral, citologia oncótica, anatomia patológica e o resultado geralmente é liberado em torno de 7 dias. No entanto, existem diversos exames e pesquisas que podem demorar até 60 dias para que sejam finalizados.